domingo, dezembro 09, 2012
segunda-feira, novembro 12, 2012
eles riem
cada vez que lançamos
sobre esta e outras senhoras |
deixamos de pensar que aqueles que nos venderam ilusões |
e falsas seguranças |
e megalomanias futeboleiras |
e o deserto "jamé" |
e a morte para o jantar dos inocentes e a mentira para o dia todo |
esfregam as mãos de contentes e ficam a rir-se dos tontos que conseguimos ser. |
quinta-feira, julho 19, 2012
carta aberta a D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
Senhor D. Januário Torgal Ferreira,
Se o dever de um bispo é «falar de tudo»* o senhor perdeu agora uma oportunidade tão boa de estar calado quanto de falar foram muitas e boas as que, durante o consulado do Partido Socialista de Sócrates e - pelos vistos - seu, deliberadamente perdeu. Se entende a sua missão de Bispo como dever de intercessão pelos «mais frágeis»* porque não falou contra Sócrates. o sanguinário, que tentou e conseguiu esmagar precisamente os mais frágeis de todos com a sua iníqua lei do aborto? Não, o senhor não actua como um verdadeiro Bispo católico unido a Roma. Um "Episcopo", em obediência ao mandamento de Cristo "Vigiai!", olha em todas as direcções e adverte para os males que se aproximam, venham eles de onde vierem. O Senhor, pela maneira como há anos se posiciona, das duas uma: ou só tem olhos e ouvidos para o que lhe vem da direita - e é um mau vigilante - ou então vê e ouve à direita e à esquerda... mas cala-se selectivamente. Nesse caso, abusa gravemente da paciência e benevolência do povo cristão em nome do qual, querendo ou não, fala ou cala. Nós, cristãos, compreendemos que certos Bispos prefiram falar por palavras e outros por gestos; que uns se sintam mais à vontade no areópago e outros diante do Crucifixo. O que não podemos aceitar é que alguém prostitua a dignidade episcopal, a missão profética que lhe foi confiada... colocando-a não ao serviço do Evangelho ou da própria consciência, como pretende fazer crer, mas de agendas e solidariedades políticas de que um Bispo se deve manter livre.
Com franqueza e desgosto lhe digo aqui publicamente e direi pessoalmente se vier a ter o desprazer de o encontrar - não o procurarei, descanse! - que o considero mau Bispo e mau Militar, ao aventurar-se de forma tão desajuizada no terreno do comentário político. Estou à vontade relativamente ao actual governo cujos ministros tenho publicamente criticado por escrito de forma, penso eu, fundamentada. Mas se para o Senhor Bispo o anterior governo era de anjos, comparados com os "diabinhos negros" do actual, o Senhor D. Januário só pode estar fora da comunhão com o Papa Bento XVI para quem “os seres humanos mais pobres [ou frágeis] são as crianças ainda não nascidas”**, ou seja os tais seres cuja total total exploração, desconsideração e morte violentíssima, perante o seu silêncio e, por vezes, até com a ajuda da sua palavra cúmplice***, o PS de Sócrates promoveu.
Dito isto, termino com a única consequência positiva que se pode salvar de mais esta intempestiva intervenção sua. Eis que, à vista de todos, caiem por terra as desculpas de alguns Senhores Padres e Bispos que, hesitantes quanto a colaborar com a causa da Vida, a apodam de "política" e passam de largo sentenciando que "a religião não se mistura com a política". (Como se não conhecêssemos a Bíblia, como se nunca tivéssemos lido Jeremias...) O seu mérito involuntário, D. Januário, foi o de ter demonstrado à saciedade e até que ponto, sem complexos, a missão do homem Religioso pode - e porventura deve - levá-lo a atravessar áridos territórios da "política", na defesa da Justiça, da Verdade e da Vida. Com o filósofo, pode o religioso também dizer «nada do que é humano me é estranho». Se no resto o não posso louvar, nisto o louvarei esperando que o exemplo encoraje os grandes homens (e mulheres) que também temos na Igreja portuguesa e na Comunicação católica a tomar uma posição cada vez mais clara e desassombrada pro referendo Vida, a favor da Causa da Vida cujo Senhor prometeram servir.
Luís Botelho
Guimarães, 19 de Julho de 2012
* http://economico.sapo.pt/noticias/o-que-chateia-esta-gente-e-saber-que-alguem-da-igreja-fala_148572.html
** discurso do Papa Bento XVI aos membros do corpo diplomático, 8 de Janeiro de 2009
*** http://casadesarto.blogspot.pt/2004/09/d-janurio-torgal-ferreira-e-o-barco-do.html
Se o dever de um bispo é «falar de tudo»* o senhor perdeu agora uma oportunidade tão boa de estar calado quanto de falar foram muitas e boas as que, durante o consulado do Partido Socialista de Sócrates e - pelos vistos - seu, deliberadamente perdeu. Se entende a sua missão de Bispo como dever de intercessão pelos «mais frágeis»* porque não falou contra Sócrates. o sanguinário, que tentou e conseguiu esmagar precisamente os mais frágeis de todos com a sua iníqua lei do aborto? Não, o senhor não actua como um verdadeiro Bispo católico unido a Roma. Um "Episcopo", em obediência ao mandamento de Cristo "Vigiai!", olha em todas as direcções e adverte para os males que se aproximam, venham eles de onde vierem. O Senhor, pela maneira como há anos se posiciona, das duas uma: ou só tem olhos e ouvidos para o que lhe vem da direita - e é um mau vigilante - ou então vê e ouve à direita e à esquerda... mas cala-se selectivamente. Nesse caso, abusa gravemente da paciência e benevolência do povo cristão em nome do qual, querendo ou não, fala ou cala. Nós, cristãos, compreendemos que certos Bispos prefiram falar por palavras e outros por gestos; que uns se sintam mais à vontade no areópago e outros diante do Crucifixo. O que não podemos aceitar é que alguém prostitua a dignidade episcopal, a missão profética que lhe foi confiada... colocando-a não ao serviço do Evangelho ou da própria consciência, como pretende fazer crer, mas de agendas e solidariedades políticas de que um Bispo se deve manter livre.
Com franqueza e desgosto lhe digo aqui publicamente e direi pessoalmente se vier a ter o desprazer de o encontrar - não o procurarei, descanse! - que o considero mau Bispo e mau Militar, ao aventurar-se de forma tão desajuizada no terreno do comentário político. Estou à vontade relativamente ao actual governo cujos ministros tenho publicamente criticado por escrito de forma, penso eu, fundamentada. Mas se para o Senhor Bispo o anterior governo era de anjos, comparados com os "diabinhos negros" do actual, o Senhor D. Januário só pode estar fora da comunhão com o Papa Bento XVI para quem “os seres humanos mais pobres [ou frágeis] são as crianças ainda não nascidas”**, ou seja os tais seres cuja total total exploração, desconsideração e morte violentíssima, perante o seu silêncio e, por vezes, até com a ajuda da sua palavra cúmplice***, o PS de Sócrates promoveu.
Dito isto, termino com a única consequência positiva que se pode salvar de mais esta intempestiva intervenção sua. Eis que, à vista de todos, caiem por terra as desculpas de alguns Senhores Padres e Bispos que, hesitantes quanto a colaborar com a causa da Vida, a apodam de "política" e passam de largo sentenciando que "a religião não se mistura com a política". (Como se não conhecêssemos a Bíblia, como se nunca tivéssemos lido Jeremias...) O seu mérito involuntário, D. Januário, foi o de ter demonstrado à saciedade e até que ponto, sem complexos, a missão do homem Religioso pode - e porventura deve - levá-lo a atravessar áridos territórios da "política", na defesa da Justiça, da Verdade e da Vida. Com o filósofo, pode o religioso também dizer «nada do que é humano me é estranho». Se no resto o não posso louvar, nisto o louvarei esperando que o exemplo encoraje os grandes homens (e mulheres) que também temos na Igreja portuguesa e na Comunicação católica a tomar uma posição cada vez mais clara e desassombrada pro referendo Vida, a favor da Causa da Vida cujo Senhor prometeram servir.
Luís Botelho
Guimarães, 19 de Julho de 2012
* http://economico.sapo.pt/noticias/o-que-chateia-esta-gente-e-saber-que-alguem-da-igreja-fala_148572.html
** discurso do Papa Bento XVI aos membros do corpo diplomático, 8 de Janeiro de 2009
*** http://casadesarto.blogspot.pt/2004/09/d-janurio-torgal-ferreira-e-o-barco-do.html
sábado, janeiro 28, 2012
sexta-feira, janeiro 13, 2012
tu fazes arte
Esta Guimarães2012 também surpreende pela positiva.
Está a distribuir uns corações de cartão que cada um pode "costumizar", personalizar - melhor dito - a seu gosto. E eis que podemos vê-los já de muitas e desvairadas formas e feitios nas montras de ene* lojas da cidade de Guimarães (lojas de porta aberta, bem entendido, não aquelas de "porta fechada" que nos últimos dias têm estado na berlinda...)
Também recebemos um. Aceitámos o repto e - cáspite, caspité - já está personalizado a preceito e conceito.
O conceito deriva directamente do último lema da Guimarães2012 que carrega uma forte - e muito de saudar - mensagem inclusiva: «tu fazes parte».
O conceito deriva directamente do último lema da Guimarães2012 que carrega uma forte - e muito de saudar - mensagem inclusiva: «tu fazes parte».
Vai daí, ocorreu-me que talvez o desafio da Capital Europeia da Cultura a cada um de nós acaba por ser parecido com aquilo: «tu fazes arte».
Sim, também tu fazes arte. É arte muito daquilo que te sai das mãos e do espírito. Amigo próximo diz mesmo mais (como o gémeo Dupont) que, no fundo, "tudo é arte", "tudo o que é humano é cultura".
Ou, como lá dizia o outro, «nada humano me é alheio» (Terêncio).
* ene - estará este neologismo já consagrado no acordo ortográfico? Se não está, devia estar.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
nova caminhada na trilha de Almançor, 28 de Janeiro - sábado
vd: reportagem sobre expedição «nos trilhos de Almançor»
--------------------------
coordenadas GPS: latitude +41.1281 / longitude -8.4466
imagens da "volta de reconhecimento" (7.1.2012)
local do "castelo" ou "atalaia" de Aguiar de Sousa
placa identificativa no âmbito da "rota do românico"
do alto, avista-se o Porto, o Monte da Virgem (V.N. de Gaia) e o mar
mina de ouro romana, de acesso vertical (carga) e lateral (trabalhadores)
interessante "pedra de roseta" com simbologia cristã e judaica? antiga pedra tumular reutilizada para entaipar janela?...
sexta-feira, janeiro 06, 2012
recomenda-se - caminhada cultural em Aguiar de Sousa - Paredes
Quem hoje percorre a alta velocidade a auto-estrada A41 dificilmente fará ideia de que uma parte desse mesmo percurso terá sido feito há mil e sete anos pelo grande Califa de Córdova. Reza a crónica dos Godos que o grande Almançor, senhor de mais de metade da Ibéria, comandava as forças que em 995 A.D. atacaram e tomaram o castelo de Aguiar de Sousa, hoje desaparecido.
Como podia um pequeno vale que hoje não alberga mais de 1500 almas resistir ao poderia do senhor de meia Ibéria? Com que reservas de água, alimentos, rebanhos e ouro podia contar? Para resistir, ainda que fugazmente, ao poder de meia Ibéria, possuiria Aguiar suficiente capacidade de "resiliência", no sentido do movimento - transição, ou de "resistência"... ou não? Que defesas poderia o vale possuir que justificassem as palavras do cronista «apesar das suas extraordinárias condições defensivas, foi igualmente conquistado»? Defesas naturais? Ainda hoje o pequeno vale de Aguiar de Sousa parece um super-castelo... com muros de terra, rocha e arvoredo, com duas aberturas apenas, para a passagem do rio Sousa. Defesas construídas por mão humana? Em que lugar? Uma ou várias fortificações? O que resta hoje delas?
Eis algumas questões que nos propomos reflectir peripateticamente, percorrendo caminhos e aceiros desse vale perdido, ali mesmo às portas do Porto. A caminhada é curta - cerca de 12 km. Ao cair da tarde, uma cabidela à moda do baixo Minho. Pura, magnífica, acompanhada com o verde tinto da região. Encontro no largo de Aguiar de Sousa (GPS latitude +41.1281 / longitude -8.4466), no sábado, 7 de Janeiro, pelas 9h00 da manhã. Cada família deve levar farnel para o habitual almoço partilhado.
Utilizando o princípio da "sabedoria das multidões", elegeremos a localização mais provável para o histórico «Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia». Logo de manhã para a caminhada, ou pela tarde para os últimos metros e a cabidela final, o importante é que apareça e entre no espírito do convívio cultural gaiteiro!
organização
gaiteiros de terras de Sousa
+ «in transition» + grupos de caminhadas + confrarias + voluntariado + tertúlias gastronómico-cívico-culturais
----------------
“Era MXXXIII Almanzor cepit Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia.” (PMH, Script.: p. 9).
in http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3886.pdf
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3886.pdf
«Uma década depois das campanhas contra o baixo vale do Mondego, al-Mansur investiu em 995 contra o castelo de Aguiar de Sousa, a Leste da cidade do Porto, que, apesar das suas extraordinárias condições
defensivas, foi igualmente conquistado. A Chronica Gothorum memorizou esses eventos: “Era MXXXIII Almanzor cepit Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia.” (PMH, Script.:
p. 9). Alguns anos mais tarde, em 997, al-Mansur conduziu a célebre campanha contra Santiago de Compostela.»
http://en.wikipedia.org/wiki/Al-Mansur_Ibn_Abi_Aamir
Although he mainly fought against León and the Castile, he sacked Barcelona in 985, Leon in 988 and Santiago de Compostela in Galicia in 997, taking the cathedral bells to be melted down into lanterns for the Great Mosque of Cordoba.[2][3] Almanzor, knew the magnitude of the devotion to Saint James' sepulcher, and ordered his generals to protect the tomb and all sacred objects that they encountered.
-- ------------------------------------------------------------------- Espírito de Guimarães ... dignidade, cidadania, liberdade email: espiritodeguimaraes@clix.pt blogue oficial: http://cidadaniapt.blogspot.com
quinta-feira, dezembro 29, 2011
segunda-feira, dezembro 12, 2011
protestar com razão, resulta!
Caro Luís Botelho, Acusamos a receção da sua comunicação e agradecemos, desde já, o interesse demonstrado. Consideramos que a sua comunicação é uma mais valia, uma vez que nos permite conhecer todas as preocupações relativas ao serviço prestado, bem como da sua sugestão. Assim, informamos que a sua sugestão foi tida em consideração e o anúncio referente à campanha "MOCHE! É todos juntos" já não se encontra em circulação em qualquer canal televisivo. Para qualquer esclarecimento adicional, envie e-mail para cliente@tmn.pt ou visite-nos na área de cliente em www.ptcliente.pt e em www.tmn.pt. Desejamos um Feliz Natal ficando, como sempre, à sua disposição. Até já T. M. Serviço ao Cliente [THREAD ID:1-22I023T] [SR ID:1-22I92W9] ------- (Por favor, não retirar esta marca do texto do e-mail) ------- -----Mensagem Original----- De: cliente@tmn.pt Enviado: 21-10-2011 11:57:26 Caro Luís Botelho, Confirmamos a receção do seu e-mail, cujo envio agradecemos, e informamos que o seu pedido foi encaminhado para análise. Prevemos responder-lhe dentro de 7 dias. Caso nos contacte sobre este assunto, por favor identifique o seu pedido com o nº 1-4505153769. Para qualquer esclarecimento adicional, envie e-mail para cliente@tmn.pt ou visite-nos na área de cliente em www.ptcliente.pt e em www.tmn.pt. Ficamos, como sempre, à sua disposição. Até já S.G. Serviço ao Cliente [THREAD ID:1-22I023T] [SR ID:1-22I92W9] ------- (Por favor, não retirar esta marca do texto do e-mail) ------- -----Mensagem Original----- De: luisbotelhoribeiro Enviado: 21-10-2011 08:22:04 Para: Apoio Cliente TMNAssunto: Re: MVMF APELOS: Demonstrem o desagrado por este deboche na tmn Senhores da TMN, Tenham algum juízo (literalmente) quando lançam para o ar campanhas socialmente irresponsáveis como esta última. Pela minha parte, foi a gota de água que faltava para deixar a vossa rede. Passem bem, Luís Botelho >> Em 20-10-2011 16:02, mvidamf
sexta-feira, dezembro 09, 2011
Guimarães 2013?
Liverpool, capital europeia da cultura em 2008, já estava a vender bilhetes para os eventos a 7 de Setembro de 20071. Cá por Guimarães e já em Dezembro ainda não foi sequer apresentado o programa das actividades. Já disseram que seria em Outubro2... Dizem-nos agora que é já a seguir... Não obstante, respondendo a uma proposta - entre outras - de encenação diária de “o Bobo” no Castelo de Guimarães, já em 26 de Outubro eu próprio recebia um “não” porque, supostamente, a programação estava encerrada!!! Mas demora tanto tempo o anúncio público de uma programação já “encerrada”? Ou só estava, afinal, meio encerrada como certas “sentenças por apontamento” que mesmo depois de lidas... ainda não podem ser fotocopiadas para conhecimento das partes (vd. caso “casa Pia”)...
Todos recordamos que se atribuiu a “atrasos” e “incompetências” destas a substituição da anterior Administração da Fundação e a criação de uma Direcção Executiva. Convém, por isso, que, ao apresentar o programa, alguém responsável explique também estes atrasos. Não será sério abusar das “costas largas” e “lei da rolha” aplicada à anterior presidente, atribuindo-lhe os atrasos do último meio ano.
Por isso é tempo de questionar o director executivo, Dr. Carlos Martins, que há meio ano centraliza os circuitos de decisão executiva e tem, por isso, todas as condições para apresentar melhor serviço. Porque não há desde Setembro um programa de eventos e bilhetes à venda, como em Liverpool? Podemos saber que salário o senhor aufere? E com o serviço três meses atrasado, podemos perguntar o que faz para o merecer? Está a tempo inteiro na Fundação ou passa por Guimarães quando lhe permitem as suas absorventes “indústrias criativas”? Há cerca de um ano, levantava-se na blogosfera3 a questão da transparência e separação entre interesses particulares (pessoais ou empresariais) e interesse público. Ainda é cedo para um balanço mas ele há-de ser feito. Por ora, convém manter vigilância atenta.
Há alguns dias, vendo passar o maestro Rui Massena numa “bomba automóvel” (na música, afinal, vive-se bem!), ocorreu-me pensar se a nova Orquestra Fundação Estúdio estará financeiramente estruturada para sobreviver a Dezembro de 2012 ou se, chegados lá, logo se vê... A brincar, a brincar, consta que já voaram dois ou três milhões de euros - certamente para adquirir instrumentos, guarda-roupa e serviços especializados como o de “pianista de acompanhamento” - auferindo quase 10.000€ em 19 dias4 - 500€ por dia, numa região que ganha 500€/mês! Uma orquestra de debutantes mais dispendiosa que a orquestra consagrada já existente: a Orquestra do Norte, entre cujos admiradores me conto. Somos afinal um país rico?
Guimarães-2012 não pode ser uma “oportunidade perdida” ou adiada. Ainda acredito que o projecto CEC2012 há-de redundar no êxito colectivo que a cidade e o país merecem. Mas tal só é possível, se os decisores tiverem os pés na terra, respeitarem os fundos públicos postos à sua disposição e se focarem num projecto construído a pensar nas pessoas, no potencial turístico e cultural da região, no interesse nacional, no pós-2012. Alguns, porém, parecem menos interessados em Guimarães que nas suas “indústrias (lu)criativas”. Para outros/outras, lançados na corrida à sucessão, o único pós-2012 que parece interessar resume-se às eleições autárquicas5 de 2013... Valha-nos a Senhora da Oliveira.
Luís Botelho
notas:
1http://www.liverpool08.com/archive/index.asp?tcmuri=tcm:79-102481&y=07&m=Sep
2http://videos.sapo.pt/ffMFtyrQAoTcszsiV3Gp
3http://araduca.blogspot.com/2010/10/cec2012-e-comunicacao-uma-reflexao-que.html
4http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=266754&lk=srch
5http://www.rtp.pt/noticias/?t=Guimaraes-quer-ser-a-cidade-europeia-do-desporto-em-2013.rtp&headline=20&visual=9&article=506073&tm=8
segunda-feira, novembro 28, 2011
quinta-feira, outubro 06, 2011
Steve Jobs [1955-2011]
Alocução inspiradora aos finalistas de Stanford em 2005
1ª história - connecting the dots
2ª história - love and loss
3ª história - about death
1ª história - connecting the dots
2ª história - love and loss
3ª história - about death
quinta-feira, setembro 29, 2011
por que razão estamos nesta crise?
Estamos nesta crise, como sempre, por três razões principalmente:
1. por nossa culpa;
2. por nossa culpa;
3. por nossa tão grande culpa.
Justifico:
1. porque nos convencemos que "éramos ricos" - quando na verdade "estávamos ricos"... com dinheiro alheio, emprestado e... a devolver com juros;
:. logo, por nossa culpa.
2. porque a nós mesmo nos falsificámos, renegámos as origens, a matriz, a nossa identidade, degenerando num "nem carne nem peixe", insosso, irreconhecível em face do que natural e informalmente somos:
3. porque vendemos a alma ao diabo, em troca de um prato de lentilhas
Enfim, por nossa tão grande culpa,
sacrificando o futuro ao presente, já nem o presente é nosso!
Mas há solução?
Claro que há.
Por 900 razões - tantas quantos os anos decorridos desde que D. Afonso Henriques viu a luz em Guimarães*.
* sim, há-de ter sido em Guimarães, mais do que pela tradição, pela evidência.
1. por nossa culpa;
2. por nossa culpa;
3. por nossa tão grande culpa.
Justifico:
1. porque nos convencemos que "éramos ricos" - quando na verdade "estávamos ricos"... com dinheiro alheio, emprestado e... a devolver com juros;
:. logo, por nossa culpa.
2. porque a nós mesmo nos falsificámos, renegámos as origens, a matriz, a nossa identidade, degenerando num "nem carne nem peixe", insosso, irreconhecível em face do que natural e informalmente somos:
- complicámos e formalizámos quanto pudemos, alienando a capacidade de sonho, de ver as pessoas para lá das instituições;
- renegando a nossa simplicidade natural, o lado bom do "porreirismo" nacional, reprimimos a nossa tendência para a colaboração generosa e desinteressada;
- inebriados pelas promessas do estado social, abandonámos a ideia de Família e de comunidade, o padrão que dava a consistência ao tecido social português, séculos afora, desde os tempos dos Montes Hermínios, passando pela velha aliança dos "três (ou quatro) estados" e pela história tragico-marítima em que dolorosamente aprendemos o sentido de "estarmos todos no mesmo barco" (literalmente)
3. porque vendemos a alma ao diabo, em troca de um prato de lentilhas
- preferindo "ser como outros" em vez de "ser cada vez mais iguais a nós próprios"
- substituindo valores absolutos como o da vida e da liberdade humana, pelo relativismo ético
- trocando a verdade pela imagem,
- as pessoas pelo "sistema,
- a justiça pela conveniência,
- o "nós" pelo "eu",
- a "fé" pela desconfiada "acreditação",
- a qualidade pela quantidade,
- a liberdade pelo (ilusório) poder,
- a flexibilidade pelo formalismo,
- a responsabilidade pelo hedonismo,
- a força da razão pela razão da força (ou do poder),
- a franqueza pela dissimulação,
- a realidade pelo delírio,
- a poupança pela vida a crédito,
- a vergonha pelos resultados (ilusórios),
- a iniciativa pelo parasitismo
- a luta pela passividade
- a auto-confiança pela "estabilidade"
- a busca pelo conforto
- a cidadania pelo estado
Enfim, por nossa tão grande culpa,
sacrificando o futuro ao presente, já nem o presente é nosso!
Mas há solução?
Claro que há.
Por 900 razões - tantas quantos os anos decorridos desde que D. Afonso Henriques viu a luz em Guimarães*.
* sim, há-de ter sido em Guimarães, mais do que pela tradição, pela evidência.
segunda-feira, julho 25, 2011
Guimarães2012 - uma história viva
Quando 2012 terminar, o que permanecerá em Guimarães para lá do efémero título de Capital Europeia da Cultura ostentado em 2012, juntamente com Maribor? Poderá este magnífico projecto concretizar-se com uma organização de costas voltadas para a Universidade do Minho e até para a cidade e a região? Qual irá ser a ideia mestra? Qual o fio condutor, a proposta, a imagem que deve perdurar de Guimarães2012 na memória dos visitantes e participantes das “muitas e desvairadas” iniciativas a realizar?
Será que a proposta inicial Guimarães2012, que obteve aprovação internacional, se concretiza no programa de iniciativas que se vai esboçando? E será que cada iniciativa - qual pincelada numa tela – vai compor com as restantes um quadro compreensível, com algum sentido?
Estas são algumas das questões com que o cidadão comum se inquieta, à rápida aproximação de 2012. E, no entanto, a Capital da Cultura tem andado nas bocas do mundo por outras e menos construtivas razões. Primeiro, foi o escândalo dos vencimentos da Fundação Cidade de Guimarães. Mais recentemente, a ruptura com a Câmara Municipal. Uma coisa é certa: este projecto não deve falhar. Não deve nem pode falhar por 3 boas razões: por Guimarães, por Portugal, pela Europa. E ainda por uma quarta – pela Cultura, raiz de futuro.
Nos últimos anos, a cultura tem vindo a tornar-se uma actividade profissional/industrial quase exclusiva de círculos fechados “bem-pensantes”, de lóbis capazes de manter um controlo mais ou menos eficaz, embora discreto, dos circuitos de acesso a subsídios públicos, à exposição mediática e, deste modo, ao “grande público” - redundando tudo na “degeneração da arte ocidental” de que já Miguel de Unamuno falava. Na sua génese - e princípio permanente - a Cultura é depósito de vida em Comunidade. Subsiste em cada Homem. Pode Guimarães2012 contribuir para devolver este sentido original à palavra Cultura, à identidade europeia?
Tanto a crise do euro como a recente tragédia na ilha norueguesa de Utoyea nos falam, afinal, da crise da ideia de Europa. Poderá Guimarães2012 dar algum contributo para reavivar o sentido original da Europa, integrando harmoniosamente a sua matriz medieval cristã com o espírito do renascimento que permitiu o espectacular movimento de abertura desta ao mundo - movimento que Portugal iniciou a partir do seu berço vimaranense?
Por via do fado ou da agência Moody's, os ânimos lusos andam acabrunhados. Não será esta Guimarães2012 capaz de reavivar o impulso vital que aqui um dia nos deu o ser como povo? Povo, pátria ou língua portuguesa que sejamos – o mesmo para Fernando Pessoa - «falta cumprir-se Portugal».
Guimarães2012 é uma grande oportunidade, talvez única. Saibamos dar as mãos com uma Fundação refundada, reconquistando a cidade e a região envolvente, envolvendo e estimulando transcendência nas entidades já activas “no terreno”, dando de Guimarães uma imagem de qualidade internacional.
Igual mas distinto da Expo'98, porque não um espectáculo diário de encerramento, fundindo a “Mensagem” de Pessoa n'“O Bobo” de Herculano* junto aos muros do Castelo de Guimarães? Quem não se lembra do espectáculo “O Bobo” encenado pela “Oficina teatro” em 2001 por ocasião do 3º Congresso Histórico de Guimarães?
Um "pós-2012" é possível: português e europeu... mas com espírito de Guimarães.
quinta-feira, abril 14, 2011
o FMI, que venha aqui
Andam aí técnicos seniores do FMI a espiolhar as contas públicas, em busca da verdadeira causa do buraco nas contas portuguesas...
... e talvez fosse melhor andar (também) cá por fora. Por exemplo, numa aula prática das 16h00 às 17h50 (obrigatória) com 15 alunos inscritos, estavam hoje presentes apenas 7.
Porquê? Porque joga o Porto... às 18h00!...
(Parece "remake" do remate de «os Maias»)
-----------------
Também não há-de ser estranho ao "buraco" das contas, o desperdício de energia... talvez já nem haja verba para fazer a manutenção às células foto-eléctricas;
ou então, se estamos num buraco, terá pensado algum "iluminado" da Câmara Municipal de Lisboa, mais vale acender os lampiões...
ou então, é muita vontade de ver a luz ao fundo do túnel.
... e talvez fosse melhor andar (também) cá por fora. Por exemplo, numa aula prática das 16h00 às 17h50 (obrigatória) com 15 alunos inscritos, estavam hoje presentes apenas 7.
Porquê? Porque joga o Porto... às 18h00!...
(Parece "remake" do remate de «os Maias»)
-----------------
Também não há-de ser estranho ao "buraco" das contas, o desperdício de energia... talvez já nem haja verba para fazer a manutenção às células foto-eléctricas;
ou então, se estamos num buraco, terá pensado algum "iluminado" da Câmara Municipal de Lisboa, mais vale acender os lampiões...
ou então, é muita vontade de ver a luz ao fundo do túnel.
sexta-feira, abril 08, 2011
terça-feira, abril 05, 2011
quarta-feira, março 30, 2011
censos 2011
De visita ao Reino Unido, acompanhei a polémica que ali se levantou pela atribuição da componente informática dos Censos a uma empresa com um histórico duvidoso em matéria de Direitos Humanos, ligada como tem estado às operações aliadas no Iraque.
Surpreendeu-me esta polémica, e pus-me a imaginar se as autoridades portuguesas também teriam sub-contratado a componente informática. À partida nunca imaginaria que no INE não existissem as competências necessárias e suficientes à criação e manutenção do site dos Censos. Certo é que no sítio dos censos (https://censos2011.ine.pt) toda a "paternidade" pelo sítio é assumida pelo INE (© 2011 - Instituto Nacional de Estatística ), o que se saúda - especialmente num país em que a regra é a auto-desresponsabilização - quando há bronca (vd. caso das presidenciais2011).
Porém, pensando melhor recordo que em centenas de outras instituições do Estado é prática corrente a sub-contratação (outsourcing) de serviços especializados. Tudo "normal", portanto, se de facto o sítio dos Censos tiver mesmo sido sub-contratado. Já a questão da sub-contratação de serviços do expediente normal é que não se compreenderia tão bem... e exemplos disso não falta na administração central e local!
Ora se a estrutura informática dos Censos é concebida, executada e gerida por profissionais, não se compreende que após ter feito a experiência tenha deparado com o seguinte conjunto de deficiências:
«
-preenchi ontem metade do inquérito "censos2011" e cliquei em "guardar" para prosseguir hoje. Esta manhã, após fazer o login foi-me pedido para mudar de password (o que fiz) e a seguir apareceu-me o inquérito todo em branco - por alguma razão (eventualmente por ter mudado de password) a informação foi-se toda...
-Liguei diversas vezes para o número de apoio: ninguém respondeu.
-Nas opções "outro concelho" o concelho actual ainda figura na lista da "drop-down box", o que não devia acontecer.
-Nas perguntas de caracterização profissional de quem está actualmente desempregado, faria falta uma ressalva clarificando que se referem à última profissão exercida;
-O email de confirmação do envio ainda não chegou, 15 minutos depois de selada a resposta (ainda virá?)
»
A corrigir até aos novos Censos de 2021...
Surpreendeu-me esta polémica, e pus-me a imaginar se as autoridades portuguesas também teriam sub-contratado a componente informática. À partida nunca imaginaria que no INE não existissem as competências necessárias e suficientes à criação e manutenção do site dos Censos. Certo é que no sítio dos censos (https://censos2011.ine.pt) toda a "paternidade" pelo sítio é assumida pelo INE (© 2011 - Instituto Nacional de Estatística ), o que se saúda - especialmente num país em que a regra é a auto-desresponsabilização - quando há bronca (vd. caso das presidenciais2011).
Porém, pensando melhor recordo que em centenas de outras instituições do Estado é prática corrente a sub-contratação (outsourcing) de serviços especializados. Tudo "normal", portanto, se de facto o sítio dos Censos tiver mesmo sido sub-contratado. Já a questão da sub-contratação de serviços do expediente normal é que não se compreenderia tão bem... e exemplos disso não falta na administração central e local!
Ora se a estrutura informática dos Censos é concebida, executada e gerida por profissionais, não se compreende que após ter feito a experiência tenha deparado com o seguinte conjunto de deficiências:
«
-preenchi ontem metade do inquérito "censos2011" e cliquei em "guardar" para prosseguir hoje. Esta manhã, após fazer o login foi-me pedido para mudar de password (o que fiz) e a seguir apareceu-me o inquérito todo em branco - por alguma razão (eventualmente por ter mudado de password) a informação foi-se toda...
-Liguei diversas vezes para o número de apoio: ninguém respondeu.
-Nas opções "outro concelho" o concelho actual ainda figura na lista da "drop-down box", o que não devia acontecer.
-Nas perguntas de caracterização profissional de quem está actualmente desempregado, faria falta uma ressalva clarificando que se referem à última profissão exercida;
-O email de confirmação do envio ainda não chegou, 15 minutos depois de selada a resposta (ainda virá?)
»
A corrigir até aos novos Censos de 2021...
Subscrever:
Mensagens (Atom)