sexta-feira, novembro 28, 2008

Telemarketing: como lidar?

Não é nosso hábito, divulgar aqui as circulares email. Esta, porém, merece bem a pena divulgar para tentar reduzir a quantidade de lixo-publicitário e assim, aliviar um pouco o ambiente:

«Leiam estas três preciosas dicas sobre como lidar com as agressões de Telemarketing, que constituem para todos nós uma praga quase diária.

1ª - Um método que realmente funciona:

Ao receber uma chamada de Telemarketing a oferecer um produto ou um serviço, diga apenas, com toda a cortesia:

'Por favor, aguarde um momento...'.

Dito isto, deixe o telefone sobre a mesa e vá fazer outras tarefas (em vez de simplesmente desligar o telefone de imediato).

Isso vai fazer com que cada chamada de Telemarketing para o seu Telefone tenha uma duração longuíssima, ultrapassando em muito os limites impostos ao indivíduo que lhe ligou.

Reponha o telefone na posição de repouso apenas quando tiver a Certeza de que desligaram. Não tenha dúvida de que esta é uma lição de custo elevado para os intrusos.

2ª - Já alguma vez lhe sucedeu atender o telefone e parecer que não há ninguém do outro lado?

Fique a saber que esta é uma técnica de Telemarketing Executada por um sistema computorizado, o qual estabelece a ligação e regista a hora em que a pessoa atendeu o telefone. Esta técnica é utilizada por alguns
serviços de marketing para determinar a melhor hora do dia em que uma pessoa dos serviços poderá ligar-lhe.

Neste caso, ao receber este tipo de ligação, não desligue. Pressione imediatamente a tecla '#' do aparelho, seis ou sete vezes seguidas e em sequência rápida.

Normalmente, este procedimento confunde o computador que marcou o seu número, obrigando-o registar o seu número como inválido, eliminando-o assim da base de dados.

3ª - Publicidade inserida nas contas recebidas pelo correio
Todos os meses recebemos publicidade indesejada inserida nas contas de telefone, luz, água, cartões de crédito, etc. Muitas vezes essa propaganda é acompanhada de um envelope-resposta, que não precisa selar; o selo RSF (resposta sem franquia )
Insira nesses envelopes pré-pagos a publicidade recebida e coloque-a no Correio, endereçada de volta a essas companhias. Caso queira preservar a sua privacidade, antes de inserir a publicidade no envelope remova todo e qualquer item que o possa identificar.

Este é um método que funciona excelentemente para ofertas de cartões, empréstimos, e outro material não solicitado. Portanto, não atire fora esses envelopes pré-pagos! Ao devolvê-los com a propaganda recebida,
está a fazer com que as referidas empresas paguem duas vezes pela publicidade enviada.

Se quiser acrescentar um requinte de malvadez, aproveite para Inserir anúncios da pizzaria do seu bairro, da lavandaria, da florista, do canalizador, do oculista, da costureira, do talho, do dentista, do Instalador de marquises de alumínio, da (ou de) qualquer outra actividade comercial local do mesmo género, que esteja mais à mão.

Há já várias pessoas a usar estes métodos de devolver o lixo publicitário.

Está na altura de mandarmos o nosso recado às Empresas.

É preciso, no entanto, que se atinja um número expressivo de pessoas a aplicar estas técnicas eficazes de protesto.»

quarta-feira, novembro 26, 2008

Prayer and Protest Do Mix!

Fr. Frank Pavone

Dr. Martin Luther King Jr. (whose niece Alveda is a full-time Pastoral Associate of Priests for Life) spoke of a man who once said, “You Negroes should stop protesting and start praying.” He responded as follows:

“The idea that man expects God to do everything leads inevitably to a callous misuse of prayer. For if God does everything, man then asks him for anything, and God becomes little more than a "cosmic bellhop." … I am certain we need to pray for God's help and guidance in this integration struggle, but we are gravely misled if we think the struggle will be won only by prayer. God, who gave us minds for thinking and bodies for working, would defeat his own purpose if he permitted us to obtain through prayer what may come through work and intelligence. Prayer is a marvelous and necessary supplement of our feeble efforts, but it is a dangerous substitute” (King 1963, p. 131-132).

We should never fall into the mistaken notion that prayer and protest don’t mix, or that prayer and politics don’t mix. No document of the Popes, the Bishops’ Conference, or individual bishops suggests that because we believe in prayer, we should forsake all other action, nor that we should keep that action separate from prayer. In fact, the US Bishops’ current Pastoral Plan for Pro-life Activities outlines prayer as one of four key types of activity which the Church must foster in defense of life. The others are public information/education, pastoral care, and influencing public policy. As Gandhi said, those who think religion has nothing to do with politics understand neither religion nor politics.

When we read the Gospels, we see Jesus not only praying privately, but also in front of the crowds. At the raising of Lazarus, Jesus prayed, “Father, I thank you that you have heard me. I knew that you always hear me, but I said this for the benefit of the people standing here, that they may believe that you sent me” (John 11:41-42). The Acts of the Apostles demonstrates a Church at prayer in public, confronting confusion, idolatry, and abuse of power.

The bishops’ prayerful presence at the March for Life, and at abortion clinic vigils nationwide is an encouraging and instructive witness. Praying at an abortion clinic, or praying in front of the Supreme Court, is an expression of the fact that union with God means opposition to evil. God has something to say about public affairs, and about publicly advertised killing. Moreover, he is denied and ridiculed in public, just as he was at Calvary, and therefore he should be honored in public, including when we protest evil. Worship inherently is a stand against evil, and is also inherently public, because it is the action of a community. To publicly protest evil that is inherently contrary to worship is perfectly compatible with worship itself.


quarta-feira, novembro 12, 2008

resistência civil na escola pública

Colegas,

Suponho que todos se sintam sensibilizados por sentirem que, no passado Sábado, fizeram parte de “algo maior”, que fizeram parte da história…

Pois na história, por maior e mais significativa que tenha sido a manifestação, é onde todos e cada um dos 120 000 irá ficar se, chegados às escolas, nada fizerem para mudar as coisas.

Sei que muitos se sentiram desiludidos com as consequências práticas da primeira manifestação e que muitos temem a repetição do mesmo com esta segunda manifestação. Alguns sentem-se desiludidos, ou mesmo ultrajados, com as declarações da Sr.ª ministra da Educação na televisão…Seremos assim tão ingénuos que estávamos à espera que ela viesse às televisões pedir desculpa, dizer que se tinha enganado e que se iria empenhar, connosco, no combate aos verdadeiros males do nosso ensino?! Não me façam rir!

Porque não há-de a ministra sentir-se segura, se ela sabe que 90% dos professores que aos Sábados vêm gritar para as ruas chegam às escolas, na segunda-feira seguinte, e continuam a colaborar na política das aparências…

Ela conta com o nosso medo, conta com a nossa inércia, conta com o nosso “seguidismo”…Não lhe interessa resolver nada do que está mal, interessa-lhe apenas a nossa colaboração. E ela sabe que a está a ter em centenas de escolas, as mesmas de onde vieram muitos dos 120 000. A esse medo chama-se CONIVÊNCIA!

Sejamos honestos! Em causa não está a avaliação, mas TUDO o resto. Toda a política da aparência que está a conduzir o sistema de ensino público português para o mesmo caminho que o nosso famigerado sistema nacional de saúde.

Quem, de entre nós, tendo um pouco de dinheiro, não prefere recorrer a uma clínica privada do que perder horas num centro de saúde ou num hospital público?! Pois o mesmo irá acontecer ao sistema de ensino público português, caso não nos revoltemos contra esta política que, perante as dificuldades, cede.

No futuro, e o futuro é daqui a dois ou três anos, no sistema de ensino público ficarão apenas os que forem incapazes de fugir para o privado: professores e alunos.

Os meninos estão a ter maus resultados a Matemática? Não faz mal, baixa-se o nível de exigência dos exames. Os meninos ficam retidos no final do ano? Não faz mal, inventam-se dezenas de “planos” e de “justificações” e o pessoal, só para não ter que preencher a papelada, continua a “engolir sapos” e a passar os meninos todos no final de cada ano.

É necessário passar a imagem, para a opinião pública, que o governo está muito preocupado com os problemas do ensino? Inventa-se uma “avaliação burocrática de docentes” e a malta colabora, com medo, e vamos para casa todos contentes com o “Bom”…

O sistema público de ensino está a ruir a cada ano e em vez de enfrentarmos os problemas de frente e assumir o que está mal, incluindo o que está errado dentro da classe docente, continuamos a colaborar com o “sistema”…Ou seja, o “Titanic” afunda-se, mas nós continuamos a dançar ao som da orquestra…
Pois bem, se houver alguém que acredite que este sistema de avaliação vai melhorar o nosso sistema de ensino, que entregue os objectivos pessoais.

Se houver alguém que acredita que os professores que se esforçam, que sempre se esforçaram, vão ser “premiados”, que entregue os objectivos pessoais.

Se alguém acredita que os nossos colegas que sempre fizeram do ensino a sua “segunda profissão” e se gabam de usar indiscriminadamente os 102 irão ser penalizados, que entregue os objectivos pessoais.

Se alguém acredita que este processo nos irá ajudar a melhorar os nossos métodos de ensino e a ser melhores professores, que entregue os objectivos pessoais.

Se alguém acredita que este processo irá permitir detectar os nossos erros e corrigi-los, beneficiando indirectamente os nossos alunos, que entregue os objectivos pessoais.
Mas NÃO ENTREGUEM OS OBJECTIVOS POR MEDO! Não cedam à chantagem do medo e às ameaças da ministra. Todos temos muito a perder, mas há coisas que não têm preço…Uma delas é a nossa dignidade profissional.

Nós somos professores e, na nossa profissão, todos os dias somos confrontados com ameaças directas à nossa autoridade. Quando não temos mais argumentos para convencer os nossos alunos pela razão, o que é que fazemos?! Ameaçamos! É a última arma que resta, quando faltam mais argumentos…Sabemos bem como é!

Pois bem, temos uma ministra que, há muito, desistiu de nos convencer pela razão, pois nós bem sabemos da hipocrisia desta pseudo-avaliação. Que lhe resta? A ameaça…Como não pode mandar os professores para a “rua” com uma falta disciplinar, ameaça-nos com a não progressão na carreira. E nós? Nós, pelos vistos, cedemos com um sorriso nos lábios…
Seremos assim tão ingénuos que pensamos que, se alinharmos no “esquema” e entregarmos os objectivos, nada nos irá acontecer?!

Seremos tão ingénuos ao ponto de pensar que, se alinharmos com o “sistema”, o nosso emprego estará assegurado para sempre?

Será que as pessoas não compreenderam que os tempos mudaram e que já não há certezas no que toca a um emprego para toda a vida, nem mesmo para quem trabalha para o Estado?

ACORDEM e olhem à vossa volta…Estamos a entrar numa das piores crises financeiras que o mundo ocidental já conheceu… Alguém acredita que o seu emprego estará seguro indefinidamente só por não contrariar o “chefe”?! Os tempos mudaram e não voltam atrás, nem mesmo para quem é funcionário público.


A escola de Silves está cheia de pessoas normais, não de super-heróis. As pessoas que estão a boicotar a avaliação na minha escola são pessoas honestas e cumpridoras da lei. Pagam impostos e não têm cadastro criminal. Não são loucas, nem irresponsáveis e, por isso, também têm medo.

Estão habituadas a ensinar aos seus alunos e filhos a cumprir as leis. Mas sabem que antes de qualquer lei, está a lealdade e a rectidão perante as nossas mais profundas convicções.

Os professores de Silves também têm medo das repercussões que este acto de resistência pode ter nas suas carreiras, sobretudo os corajosos avaliadores que arriscam, talvez, um processo disciplinar. De onde lhes vem a coragem? De saber que pior que ter medo de não cumprir esta avaliação, é o medo de olharmos para o espelho e termos vergonha de não termos defendido a nossa dignidade profissional e os nossos alunos.

É disso que se trata, de defender a dignidade do nosso sistema de ensino. É daí que nos vem a força, das nossas convicções…Como poderíamos olhar de frente, olhos nos olhos, os nossos alunos se cedêssemos na luta pelos nossos ideais?

A ministra ameaça-nos como “meninos mal comportados” e nós claudicamos? Em Silves, não!
Não sigam o exemplo dos professores do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues de Silves, sigam a vossa consciência. E se, perante ela, se sentirem bem em entregar os objectivos pessoais, entreguem-nos!

Nós, perante o medo, continuamos a RESISTIR! E desde que o começámos a fazer que dormimos melhor e que temos um outro sorriso…Estamos bem com a nossa consciência e isso não tem preço.

Desde que resisto, que sou MAIS FELIZ! Os meus alunos agradecem…

Pedro Nuno Teixeira Santos, BI ********, professor QZP do grupo 230 no Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues (Silves)