sexta-feira, fevereiro 29, 2008

apelo às distribuidoras a favor da exibição do filme «Bella»


Circule pelos seus amigos um email com o seguinte apelo:

Amigos,
O filme Bella, além de uma bela obra da 7ª arte, é uma portentosa afirmação do Valor e Dignidade da Vida Humana. Vamos apelar às maiores distribuidoras de cinema no sentido de as convencer a trazer o filme para o circuito português? Para isso, proponho que lhes enviemos o texto em baixo.

Podemos usar os endereços seguintes da Castello Lopes.
operacoes@castellolopescinemas.com, marketing@castellolopescinemas.com
Para o contacto com a Lusomundo, o contacto pode fazer-se preenchendo o formulário neste sítio:
http://www.lusomundo.pt/lusomundo/txt_geral.php?zona=opiniao

Assunto: distribuição em Portugal do filme Bella
Mensagem:
« Ex.mºs Senhores,

Gostaria de propor a exibição em Portugal do filme Bella (http://www.bellamoviesite.com/) da produtora Metanoia Films.

Vencedor do «Toronto film festival», do «Heartland film festival» e nomeado para vários prémios este filme aborda uma temática muitíssimo actual (e polémica) no nosso país - a maternidade, o aborto, o amor.

É de crer , por conseguinte, que o filme despertará um grande interesse junto do público e da imprensa, tornando-se com toda a probabilidade uma boa aposta de distribuição e um êxito de bilheteira.

Atentamente,
(nome)
»

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

robustez física ou sociedade inclusiva?

Parece que ainda há por aí muitas funções públicas para as quais se exige um atestado de robustez física. Se para algumas se compreende o pedido, para outras, realmente o pedido contradiz claramente o propósito de construção duma sociedade inclusiva e com igualdade de oportunidades. Afinal um cidadão deficiente motor não poderá desempenhar funções de direcção pedagógica num colégio particular? Então para que se exige um certificada de robustez física? Valha-nos ao menos o entendimento "muito lato" da noção de "robustez", magnanimamente seguido pela generalidade dos nossos médicos de família.

Esperemos que o legislador siga o bom exemplo do médico!

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Bancos tiram dinheiro dos clientes!...

O caso já vem revelado no SOL de 9 de Fevereiro (pág. 3) e deu que falar. Relendo já mais a frio, a perplexidade mantém-se. Em suma a situação parece ser esta: um comerciante, apercebendo-se de um erro no valor afixado, pode "rectificar" junto do banco o valor a debitar se o produto tiver sido pago por cartão (crédito ou débito). E isto sem necessidade de autorização do titular do cartão, desde que a diferença não exceda os 5 euros. E isto aparentemente dever-se-ia, segundo as fontes citadas pelo Sol, a um "vazio legal".

Pergunta-se então:
- Mas afinal a afixação do preço é da responsabilidade do comprador ou do vendedor?
- O que significa ao certo a expressão "é da responsabilidade de..."?
- A banca portuguesa sentir-se-á com as costas tão protegidas pelo poder político (e porquê?) que se permita ir assim impunemente à bolsa dos seus depositantes?
- O aforrador português será já uma espécie tão desprezível ou extinta que mereça do depositário das suas poupanças um tal tratamento? Assim, temos de começar a pensar em falar com outro banco... de preferência um - português ou... estrangeiro - que devolva os valores depositados !

E, finalmente, põe-se a grande questão:
- E se o cliente se aperceber de que o preço pago é superior ao devido? Se o comprador vem a descobrir pouco depois um produto igual e mais barato noutro local, tendo comprado a quem lhe prometia na publicidade que "se encontrar mais barato, devolvemos-lhe a diferença"? Pode ir exigir ao banco que saque o valor ao comerciante sem a sua autorização desde que, bem entendido, a diferença se cifre até 5 euros?...

Neste feliz país de "Grândola, terra da Igualdade", não podemos senão esperar que sim.
... mas, na dúvida, vamos esperar sentados!

a realidade...

apesar de tantas políticas "bem-intencionadas"...

Diálogo real entre duas senhoras,
algures em Portugal numa fila para almoço:

«agora já posso engravidar e ter o primeiro filho: finalmente entrei para o quadro da empresa...»

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Temos de questionar os governantes e o legislador português:
uma política séria de promoção da natalidade será simplesmente uma política de subsídios?...

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

SEDES alerta para crise social de contornos difíceis

cf sítio da SEDES

O Estado e os políticos são os principais visados
21.02.2008 - 23h00 Luciano Alvarez in Público online

Sente-se em Portugal “um mal estar difuso”, que “alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Este mal-estar e a “degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento”. Este é um dos muitos alertas lançados pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) - uma das mais antigas e conceituadas associações cívicas de Portugal –, num documento hoje concluido e dirigido ao país.

Sente-se em Portugal "um mal-estar difuso", que "alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional". Este mal-estar e a "degradação da confiança, a espiral descendente em
que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento". E se essa espiral descendente continuar, "emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever".
Este é um dos muitos alertas lançados pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Sedes) - uma das mais antigas e conceituadas associações cívicas portuguesas -, num documento ontem concluído e dirigido ao país.
Esta tomada de posição é uma reflexão sobre o momento que Portugal vive, com a associação a manifestar o seu dever de ética e responsabilidade para intervir e chamar a atenção "para os sinais de degradação da qualidade de vida cívica". Principais visados: o Estado, em geral, e os partidos políticos, em particular.
E para este "difuso mal-estar", frase que é o pilar de todo o documento, a Sedes centra-se em algumas questões: degradação da confiança no sistema político; sinais de crise nos valores, comunicação social e justiça; criminalidade, insegurança e os exageros cometidos pelo Estado.
Acirrar de emoções
O acentuar da "degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários" de todo o espectro político é o primeiro alerta da associação. E, aqui, os relatores do documento (ver texto nestas páginas) não têm dúvidas sobre a crise que surgirá caso não seja evitado o eventual fracasso da democracia representativa: "criará um vácuo propício ao acirrar das emoções mais primárias em detrimento da razão e à consequente emergência de derivas populistas, caciquistas, personalistas".
E para que a democracia representativa seja preservada, a Sedes aponta três metas aos partidos: "Têm de ser capazes de mobilizar os talentos da sociedade para uma elite de serviço; a sua presença não pode ser dominadora a ponto de asfixiar a sociedade; e não devem ser um objectivo em si mesmos".
A associação considera ainda preocupante "assistir à tentacular expansão da influência partidária" - quer "na ocupação do Estado", quer "na articulação com interesses da economia privada".
Outro factor que a Sedes diz contribuir para a "degradação da qualidade da vida política" é o resultado "da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz", que por vezes deixa a sensação de que "também funciona subordinada a agendas políticas".
Essa combinação "alimenta um estado de suspeição generalizada" sobre a classe política. "É o pior dos mundos", acrescentam. "Sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a."
Neste capítulo, o Estado, que "tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade", também não é poupado: "Demite-se do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados, que deixam em muitos casos um perigoso rasto de desconfiança".
E nesta sequência de constatações sobre o comportamento dos agentes do Estado, surge pela primeira vez a palavra "corrupção". "É precisamente na penumbra do que a lei não prevê explicitamente que proliferam comportamentos contrários ao interesse da sociedade e ao bem comum. E é justamente nessa penumbra sem valores que medra a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança."
Criminalidade e exageros
E depois vêm a criminalidade e os recados aos exageros do Estado directamente dirigidos à ASAE, embora esta autoridade nunca seja explicitamente citada. A Sedes não tem dúvidas em afirmar que a criminalidade violenta "progride"; que a "crescente ousadia dos criminosos transmite o sentimento de que a impune experimentação vai consolidando saber e experiência na escala da violência"; e que, enquanto "subsiste uma cultura predominantemente laxista no cumprimento da lei, em áreas menos relevantes para as necessidades do bom funcionamento da sociedade emerge, por vezes, uma espécie de fundamentalismo ultrazeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom senso".
"Calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas-de-berlim, colheres de pau ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodoviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou."
Por tudo isto, e para evitar que se chegue à já referida "crise social de contornos difíceis de prever", a Sedes apela depois à sociedade civil para intervir e participar "no desbloqueamento da eficácia do regime". Mas, para que isso aconteça, será necessário que o Estado se "abra mais do que tem feito até aqui".
Prestar contas
E aqui, as principais críticas vão para os partidos. Para a Sedes, a dissociação entre os eleitores e os partidos "deve preocupar todos aqueles que se empenham verdadeiramente na coisa pública e que não podem continuar indiferentes perante a crescente dissociação entre o conceito de res publica e o de intervenção política".
Partidos que, de acordo com a Sedes, "têm a obrigação de prestar contas de forma permanente sobre o modo como o exercem". "Em geral, o Estado tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito", conclui o documento.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Pagamento dos aperitivos não é obrigatório

À atenção dos consumidores portugueses!
Segundo artigo hoje publicado pela Agência Financeira:

«Pagamento dos aperitivos nos restaurantes não é obrigatório»

Proprietários que não respeitem Lei incorrem em multas e até pena de prisão
Quando se senta na mesa de um restaurante e começa a consumir os «couverts», também conhecidos por aperitivos ou entradas disponíveis, saiba que não tem de os pagar.

O alerta foi feito esta terça-feira pelo presidente da Associação Portuguesa dos Direitos do Consumo (APDC), Mário Frota, que, em declarações à Agência Financeira, assumiu haver «uma ignorância das pessoas a esse respeito», pelo que «a maioria delas deixa passar, continuando a pagar».

O responsável adianta ainda que «o consumidor pode recusar pagar o couvert que habitualmente os restaurantes colocam na mesa dos clientes, sem ser pedido, mesmo que seja consumido».

Em geral, o «couvert» define-o a Lei, é «todo o conjunto de alimentos e aperitivos fornecidos antes do início da refeição, propriamente dita».

[...] a Lei 24/96, de 31 de Julho, ainda em vigor, estabelece imperativamente: «O consumidor não fica obrigado ao pagamento de bens ou serviços que não tenha prévia e expressamente encomendado ou solicitado, ou que não constitua cumprimento de contrato válido, não lhe cabendo, do mesmo modo, o encargo da sua devolução ou compensação, nem a responsabilidade pelo risco de perecimento ou deterioração da coisa.»

Daí que, em rigor, o «couvert» desde que não solicitado, tem de ser entendido como oferta sem que daí possa resultar a exigência de qualquer preço, antes se concebendo como uma gentileza da casa, algo de gracioso a que não corresponde eventual pagamento.

texto integral aqui.


Ciclo de tertúlias do CAVIM

31 de Março de 2008, 2ª Feira; 21h00

“Só acredito no que vejo? Fé e Ciência: diálogo e confronto”.

por Álvaro Balsas, SJ



Resumo:
A omnipresença da ciência no dia-a-dia das sociedades contemporâneas, em que as novas tecnologias introduzem novos hábitos e estilos de vida, bem como formas inovadoras de comunicação e de aquisição de conhecimentos, parece desafiar as concepções religiosas estabelecidas e, até, a própria concepção de Deus.

Perante este quadro cultural, à fé em Deus não parece restar outra alternativa senão a perda do direito de cidadania e a retirada para o baú das velharias. Para quê Deus, se temos ciência?



Álvaro Balsas, SJ
Nasceu na Figueira da Foz. É licenciado em Física pela Universidade de Coimbra. Foi Assistente no Departamento de Física da Universidade de Aveiro, onde prestou Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica. Fez estudos de Filosofia na Universidade Católica (Braga) e de Teologia (Madrid e Berkeley), tendo obtido o grau de Mestre em Teologia Sistemática. Publicou artigos em revistas nacionais e estrangeiras, nas áreas dos Fundamentos e Filosofia da Mecânica Quântica, da Física da Matéria Condensada e da Ciência e Religião. Actualmente, prepara o doutoramento na Universidade Católica, na área de Filosofia da Ciência, sobre “interpretações ontológicas da Mecânica Quântica”.

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Local: R. P.e Doutor Manuel Faria, Loja 6 P, (Junto à Rotunda da Universidade)
Guimarães

Mais informações: http://www.cavim.blogspot.com/
Telef.
964 260 896 / 253516486 (Pe. Joaquim Domingos: )

Universidade do Minho sem dinheiro para salários

Recordando que este blogue começou com um artigo sobre "cidadania na universidade (do Minho)", ei-la que regressa, desta feita pelas piores... preocupações:

«Guimarães Rodrigues, reitor da Universidade do Minho, afirmou ontem em conferência de imprensa que as previsões orçamentais para este ano apontam para que "não será possível garantir cerca de 70 por cento dos encargos com o subsídio de Natal", "mas pode ser uma percentagem maior", relata o Diário do Minho.
O reitor considera que a UM é "vítima de uma persistente suborçamentação por parte do Governo", que não cumpriu a fórmula do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que levaria a um aumento de 11,7% no orçamento de 2008, quando o aumento real foi de 2,5%, o que levou a um "buraco" orçamental de mais de seis milhões de euros.
Guimarães Rodrigues referiu também que o Estado não compensou as universidades, quando passaram a ser obrigadas a pagar contribuições para a Caixa Geral de Aposentações.
Questionado sobre a intenção de despedir ou dispensar docentes, o reitor respondeu de forma eufemista, remetendo a responsabilidade para as escolas, que deverão atender "à flutuação das necessidades".»

in site do BE - Braga

terça-feira, fevereiro 12, 2008

a "newsletter" do Presidente

Ex.mºs responsáveis pelo Boletim da Presidência da República,

Agradeço o vosso contacto de 6 de Fevereiro mas tenho alguns reparos para os quais gostaria de lhes chamar a atenção. Sendo o Presidente da República o Chefe de Estado, bom seria que o sítio oficial pusesse um pouco mais de empenho em defender a língua portuguesa, evitando o recurso a termos em inglês na página em português - para os leitores de língua inglesa existe, e muito bem, uma "english version".

Na página em português, por conseguinte, seria de evitar o uso de "newsletter" quando afinal se pretende designar um boletim ou um boletim electrónico, se se quiser. É aliás esse termo que referem no vosso email ao qual ora respondo: «[...] Newsletter da Presidência da República». Parece-me que não há necessidade de recorrer a àquele termo.

Por outro lado, em diversos pontos da página principal da sítio da presidência surge o termo "sítio", em português. Apoiado! Mas ao fundo da página, ao lado da entrada de "contactos", infelizmente aparece "Mapa do site", quando tudo aconselharia - até por coerência - o uso da referência "Mapa do sítio".

Aqui ficam estas pequenas observações que visam contribuir para uma maior atenção à nossa língua, a qual, mais do que nas declarações de intenções, deve ser defendida e aplicada no terreno.

Muito atentamente,
Luís Botelho Ribeiro





belem@presidencia.pt escreveu:
Agradecemos o seu pedido de subscrição da Newsletter da Presidência da República.

Os dados por si indicados foram:
Nome: Luis Botelho Ribeiro
E-mail: botelho.ribeiro@dei.uminho.pt
Data de Nascimento: 1967-11-17
Telemóvel:

Para finalizar o seu pedido de subscrição, deve clicar no endereço abaixo:
http://www.presidencia.pt/activar.php?id=3873&key=458593


Caso pretenda remover estes dados, deve clicar no endereço abaixo:
http://www.presidencia.pt/remove.php?id=3873&key=458593

Atentamente,

A Presidência da República

(2008-02-06 19:53:16)

terça-feira, fevereiro 05, 2008

“Ética, Sofrimento e Vida - cuidados paliativos”, pelo Prof. Daniel Serrão

Ciclo de tertúlias no CAVIM
11 de Fevereiro de 2008, 2ª Feira; 21h00 “Ética, Sofrimento e Vida - cuidados paliativos”
pelo Prof. Daniel Serrão
Membro, em representação de Portugal, do Comité Ad.Hoc de Bioéthique, logo a seguir Comité Director de Bioética (CDBI) desde 1989.
Membro eleito do Bureau do CDBI de 1996 a 2000 e 2004 a ………………….

Presidente (Chair) do Working Party on The Protection of the Human Embryo and Foetus (CDBI CO-GT3) desde 1997.

Membro do Conselho Científico das Ciências da Saúde do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) desde 1980 até à sua extinção pelo Decreto-Lei 188/92, ou seja durante 12 anos.

Presidente da Comissão de Fomento da Investigação em Cuidados de Saúde, do Ministério da Saúde, desde 1991.
Professor Jubilado da Universidade do Porto
Membro da Pontifícia Academia pro Vita
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Local: R. P.e Doutor Manuel Faria, Loja 6 P, (Junto à Rotunda da Universidade)Guimarães
Mais informações: http://www.cavim.blogspot.com/Telef. 964 260 896 / 253516486 (Pe. Joaquim Domingos )