domingo, dezembro 09, 2012
segunda-feira, novembro 12, 2012
eles riem
cada vez que lançamos
sobre esta e outras senhoras |
deixamos de pensar que aqueles que nos venderam ilusões |
e falsas seguranças |
e megalomanias futeboleiras |
e o deserto "jamé" |
e a morte para o jantar dos inocentes e a mentira para o dia todo |
esfregam as mãos de contentes e ficam a rir-se dos tontos que conseguimos ser. |
quinta-feira, julho 19, 2012
carta aberta a D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
Senhor D. Januário Torgal Ferreira,
Se o dever de um bispo é «falar de tudo»* o senhor perdeu agora uma oportunidade tão boa de estar calado quanto de falar foram muitas e boas as que, durante o consulado do Partido Socialista de Sócrates e - pelos vistos - seu, deliberadamente perdeu. Se entende a sua missão de Bispo como dever de intercessão pelos «mais frágeis»* porque não falou contra Sócrates. o sanguinário, que tentou e conseguiu esmagar precisamente os mais frágeis de todos com a sua iníqua lei do aborto? Não, o senhor não actua como um verdadeiro Bispo católico unido a Roma. Um "Episcopo", em obediência ao mandamento de Cristo "Vigiai!", olha em todas as direcções e adverte para os males que se aproximam, venham eles de onde vierem. O Senhor, pela maneira como há anos se posiciona, das duas uma: ou só tem olhos e ouvidos para o que lhe vem da direita - e é um mau vigilante - ou então vê e ouve à direita e à esquerda... mas cala-se selectivamente. Nesse caso, abusa gravemente da paciência e benevolência do povo cristão em nome do qual, querendo ou não, fala ou cala. Nós, cristãos, compreendemos que certos Bispos prefiram falar por palavras e outros por gestos; que uns se sintam mais à vontade no areópago e outros diante do Crucifixo. O que não podemos aceitar é que alguém prostitua a dignidade episcopal, a missão profética que lhe foi confiada... colocando-a não ao serviço do Evangelho ou da própria consciência, como pretende fazer crer, mas de agendas e solidariedades políticas de que um Bispo se deve manter livre.
Com franqueza e desgosto lhe digo aqui publicamente e direi pessoalmente se vier a ter o desprazer de o encontrar - não o procurarei, descanse! - que o considero mau Bispo e mau Militar, ao aventurar-se de forma tão desajuizada no terreno do comentário político. Estou à vontade relativamente ao actual governo cujos ministros tenho publicamente criticado por escrito de forma, penso eu, fundamentada. Mas se para o Senhor Bispo o anterior governo era de anjos, comparados com os "diabinhos negros" do actual, o Senhor D. Januário só pode estar fora da comunhão com o Papa Bento XVI para quem “os seres humanos mais pobres [ou frágeis] são as crianças ainda não nascidas”**, ou seja os tais seres cuja total total exploração, desconsideração e morte violentíssima, perante o seu silêncio e, por vezes, até com a ajuda da sua palavra cúmplice***, o PS de Sócrates promoveu.
Dito isto, termino com a única consequência positiva que se pode salvar de mais esta intempestiva intervenção sua. Eis que, à vista de todos, caiem por terra as desculpas de alguns Senhores Padres e Bispos que, hesitantes quanto a colaborar com a causa da Vida, a apodam de "política" e passam de largo sentenciando que "a religião não se mistura com a política". (Como se não conhecêssemos a Bíblia, como se nunca tivéssemos lido Jeremias...) O seu mérito involuntário, D. Januário, foi o de ter demonstrado à saciedade e até que ponto, sem complexos, a missão do homem Religioso pode - e porventura deve - levá-lo a atravessar áridos territórios da "política", na defesa da Justiça, da Verdade e da Vida. Com o filósofo, pode o religioso também dizer «nada do que é humano me é estranho». Se no resto o não posso louvar, nisto o louvarei esperando que o exemplo encoraje os grandes homens (e mulheres) que também temos na Igreja portuguesa e na Comunicação católica a tomar uma posição cada vez mais clara e desassombrada pro referendo Vida, a favor da Causa da Vida cujo Senhor prometeram servir.
Luís Botelho
Guimarães, 19 de Julho de 2012
* http://economico.sapo.pt/noticias/o-que-chateia-esta-gente-e-saber-que-alguem-da-igreja-fala_148572.html
** discurso do Papa Bento XVI aos membros do corpo diplomático, 8 de Janeiro de 2009
*** http://casadesarto.blogspot.pt/2004/09/d-janurio-torgal-ferreira-e-o-barco-do.html
Se o dever de um bispo é «falar de tudo»* o senhor perdeu agora uma oportunidade tão boa de estar calado quanto de falar foram muitas e boas as que, durante o consulado do Partido Socialista de Sócrates e - pelos vistos - seu, deliberadamente perdeu. Se entende a sua missão de Bispo como dever de intercessão pelos «mais frágeis»* porque não falou contra Sócrates. o sanguinário, que tentou e conseguiu esmagar precisamente os mais frágeis de todos com a sua iníqua lei do aborto? Não, o senhor não actua como um verdadeiro Bispo católico unido a Roma. Um "Episcopo", em obediência ao mandamento de Cristo "Vigiai!", olha em todas as direcções e adverte para os males que se aproximam, venham eles de onde vierem. O Senhor, pela maneira como há anos se posiciona, das duas uma: ou só tem olhos e ouvidos para o que lhe vem da direita - e é um mau vigilante - ou então vê e ouve à direita e à esquerda... mas cala-se selectivamente. Nesse caso, abusa gravemente da paciência e benevolência do povo cristão em nome do qual, querendo ou não, fala ou cala. Nós, cristãos, compreendemos que certos Bispos prefiram falar por palavras e outros por gestos; que uns se sintam mais à vontade no areópago e outros diante do Crucifixo. O que não podemos aceitar é que alguém prostitua a dignidade episcopal, a missão profética que lhe foi confiada... colocando-a não ao serviço do Evangelho ou da própria consciência, como pretende fazer crer, mas de agendas e solidariedades políticas de que um Bispo se deve manter livre.
Com franqueza e desgosto lhe digo aqui publicamente e direi pessoalmente se vier a ter o desprazer de o encontrar - não o procurarei, descanse! - que o considero mau Bispo e mau Militar, ao aventurar-se de forma tão desajuizada no terreno do comentário político. Estou à vontade relativamente ao actual governo cujos ministros tenho publicamente criticado por escrito de forma, penso eu, fundamentada. Mas se para o Senhor Bispo o anterior governo era de anjos, comparados com os "diabinhos negros" do actual, o Senhor D. Januário só pode estar fora da comunhão com o Papa Bento XVI para quem “os seres humanos mais pobres [ou frágeis] são as crianças ainda não nascidas”**, ou seja os tais seres cuja total total exploração, desconsideração e morte violentíssima, perante o seu silêncio e, por vezes, até com a ajuda da sua palavra cúmplice***, o PS de Sócrates promoveu.
Dito isto, termino com a única consequência positiva que se pode salvar de mais esta intempestiva intervenção sua. Eis que, à vista de todos, caiem por terra as desculpas de alguns Senhores Padres e Bispos que, hesitantes quanto a colaborar com a causa da Vida, a apodam de "política" e passam de largo sentenciando que "a religião não se mistura com a política". (Como se não conhecêssemos a Bíblia, como se nunca tivéssemos lido Jeremias...) O seu mérito involuntário, D. Januário, foi o de ter demonstrado à saciedade e até que ponto, sem complexos, a missão do homem Religioso pode - e porventura deve - levá-lo a atravessar áridos territórios da "política", na defesa da Justiça, da Verdade e da Vida. Com o filósofo, pode o religioso também dizer «nada do que é humano me é estranho». Se no resto o não posso louvar, nisto o louvarei esperando que o exemplo encoraje os grandes homens (e mulheres) que também temos na Igreja portuguesa e na Comunicação católica a tomar uma posição cada vez mais clara e desassombrada pro referendo Vida, a favor da Causa da Vida cujo Senhor prometeram servir.
Luís Botelho
Guimarães, 19 de Julho de 2012
* http://economico.sapo.pt/noticias/o-que-chateia-esta-gente-e-saber-que-alguem-da-igreja-fala_148572.html
** discurso do Papa Bento XVI aos membros do corpo diplomático, 8 de Janeiro de 2009
*** http://casadesarto.blogspot.pt/2004/09/d-janurio-torgal-ferreira-e-o-barco-do.html
sábado, janeiro 28, 2012
sexta-feira, janeiro 13, 2012
tu fazes arte
Esta Guimarães2012 também surpreende pela positiva.
Está a distribuir uns corações de cartão que cada um pode "costumizar", personalizar - melhor dito - a seu gosto. E eis que podemos vê-los já de muitas e desvairadas formas e feitios nas montras de ene* lojas da cidade de Guimarães (lojas de porta aberta, bem entendido, não aquelas de "porta fechada" que nos últimos dias têm estado na berlinda...)
Também recebemos um. Aceitámos o repto e - cáspite, caspité - já está personalizado a preceito e conceito.
O conceito deriva directamente do último lema da Guimarães2012 que carrega uma forte - e muito de saudar - mensagem inclusiva: «tu fazes parte».
O conceito deriva directamente do último lema da Guimarães2012 que carrega uma forte - e muito de saudar - mensagem inclusiva: «tu fazes parte».
Vai daí, ocorreu-me que talvez o desafio da Capital Europeia da Cultura a cada um de nós acaba por ser parecido com aquilo: «tu fazes arte».
Sim, também tu fazes arte. É arte muito daquilo que te sai das mãos e do espírito. Amigo próximo diz mesmo mais (como o gémeo Dupont) que, no fundo, "tudo é arte", "tudo o que é humano é cultura".
Ou, como lá dizia o outro, «nada humano me é alheio» (Terêncio).
* ene - estará este neologismo já consagrado no acordo ortográfico? Se não está, devia estar.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
nova caminhada na trilha de Almançor, 28 de Janeiro - sábado
vd: reportagem sobre expedição «nos trilhos de Almançor»
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coordenadas GPS: latitude +41.1281 / longitude -8.4466
imagens da "volta de reconhecimento" (7.1.2012)
local do "castelo" ou "atalaia" de Aguiar de Sousa
placa identificativa no âmbito da "rota do românico"
do alto, avista-se o Porto, o Monte da Virgem (V.N. de Gaia) e o mar
mina de ouro romana, de acesso vertical (carga) e lateral (trabalhadores)
interessante "pedra de roseta" com simbologia cristã e judaica? antiga pedra tumular reutilizada para entaipar janela?...
sexta-feira, janeiro 06, 2012
recomenda-se - caminhada cultural em Aguiar de Sousa - Paredes
Quem hoje percorre a alta velocidade a auto-estrada A41 dificilmente fará ideia de que uma parte desse mesmo percurso terá sido feito há mil e sete anos pelo grande Califa de Córdova. Reza a crónica dos Godos que o grande Almançor, senhor de mais de metade da Ibéria, comandava as forças que em 995 A.D. atacaram e tomaram o castelo de Aguiar de Sousa, hoje desaparecido.
Como podia um pequeno vale que hoje não alberga mais de 1500 almas resistir ao poderia do senhor de meia Ibéria? Com que reservas de água, alimentos, rebanhos e ouro podia contar? Para resistir, ainda que fugazmente, ao poder de meia Ibéria, possuiria Aguiar suficiente capacidade de "resiliência", no sentido do movimento - transição, ou de "resistência"... ou não? Que defesas poderia o vale possuir que justificassem as palavras do cronista «apesar das suas extraordinárias condições defensivas, foi igualmente conquistado»? Defesas naturais? Ainda hoje o pequeno vale de Aguiar de Sousa parece um super-castelo... com muros de terra, rocha e arvoredo, com duas aberturas apenas, para a passagem do rio Sousa. Defesas construídas por mão humana? Em que lugar? Uma ou várias fortificações? O que resta hoje delas?
Eis algumas questões que nos propomos reflectir peripateticamente, percorrendo caminhos e aceiros desse vale perdido, ali mesmo às portas do Porto. A caminhada é curta - cerca de 12 km. Ao cair da tarde, uma cabidela à moda do baixo Minho. Pura, magnífica, acompanhada com o verde tinto da região. Encontro no largo de Aguiar de Sousa (GPS latitude +41.1281 / longitude -8.4466), no sábado, 7 de Janeiro, pelas 9h00 da manhã. Cada família deve levar farnel para o habitual almoço partilhado.
Utilizando o princípio da "sabedoria das multidões", elegeremos a localização mais provável para o histórico «Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia». Logo de manhã para a caminhada, ou pela tarde para os últimos metros e a cabidela final, o importante é que apareça e entre no espírito do convívio cultural gaiteiro!
organização
gaiteiros de terras de Sousa
+ «in transition» + grupos de caminhadas + confrarias + voluntariado + tertúlias gastronómico-cívico-culturais
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“Era MXXXIII Almanzor cepit Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia.” (PMH, Script.: p. 9).
in http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3886.pdf
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3886.pdf
«Uma década depois das campanhas contra o baixo vale do Mondego, al-Mansur investiu em 995 contra o castelo de Aguiar de Sousa, a Leste da cidade do Porto, que, apesar das suas extraordinárias condições
defensivas, foi igualmente conquistado. A Chronica Gothorum memorizou esses eventos: “Era MXXXIII Almanzor cepit Castellum de Aguilar quod est in ripa Sause in Portugalensia provincia.” (PMH, Script.:
p. 9). Alguns anos mais tarde, em 997, al-Mansur conduziu a célebre campanha contra Santiago de Compostela.»
http://en.wikipedia.org/wiki/Al-Mansur_Ibn_Abi_Aamir
Although he mainly fought against León and the Castile, he sacked Barcelona in 985, Leon in 988 and Santiago de Compostela in Galicia in 997, taking the cathedral bells to be melted down into lanterns for the Great Mosque of Cordoba.[2][3] Almanzor, knew the magnitude of the devotion to Saint James' sepulcher, and ordered his generals to protect the tomb and all sacred objects that they encountered.
-- ------------------------------------------------------------------- Espírito de Guimarães ... dignidade, cidadania, liberdade email: espiritodeguimaraes@clix.pt blogue oficial: http://cidadaniapt.blogspot.com
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