segunda-feira, fevereiro 06, 2006

debate não autorizado «PORTUGAL-SPAIN INTERNATIONAL RESEARCH LABORATORY, centro de I&D M.I.T., plano tecnológico»

Informo que, na formulação proposta, o debate agendado para amanhã, dia 7 de Fevereiro, numa sala da Universidade do Minho não foi autorizado pela Reitoria muito embora na comunicação por nós recebida seja também reiterado que “numa comunidade académica todos os temas são de reflexão e discussão livres, salvaguardados que sejam os referenciais e os procedimentos regulamentares”. O respeito da hierarquia académica obriga-nos, portanto, a desmarcar aquela reunião.

Fica em aberto a possibilidade de se poder vir a realizar futuramente
a) sob outra formulação / agenda
b) em local exterior à U.M. e horário pós-laboral

O debate fica aberto fora da UM-net em
http://cidadaniapt.blogspot.com/

Importa explicitar que este exercício de cidadania académica visava exclusivamente a troca de informações e a elaboração de um conjunto de ideias e sugestões a submeter às entidades que, de acordo com os documentos publicados, aparentemente detêm a responsabilidade da condução dos grandes e importantes projectos que estão anunciados (UMIC / FCT / GRICES / CLA / MCTES / DGPT / MEC de Espanha).

Desconhecíamos e continuamos a desconhecer qualquer envolvimento da Reitoria da U.M. ou de qualquer outra universidade nestes projectos. A ideia desta reunião era simplesmente a de convocar a comunidade de cidadãos interessados nestes projectos, promover o debate de ideias e elaborar algumas sugestões, sempre numa perspectiva absolutamente construtiva e não-interferente com os papeis e responsabilidades institucionais. Tratava-se, igualmente, de demonstrar como, dentro da universidade, é possível vencer o défice de participação cívica, culturalmente entranhado na sociedade portuguesa.

Luis F. Botelho Ribeiro

4 comentários:

Anónimo disse...

Este comentário era para o outro blog CidadaniaPt, mas, por motivos relacionados com a conjuntura que se vive na UM, não recomendam a minha identificação.
De qualquer modo, queria felicitá-lo pela frontalidade e honestidade com que expôs na um-net a sua proposta e a recusa superior.
Mais que tudo, surpreendeu-me a sua mensagem ter chegado à divulgação na um-net, onde não há lugar a qualquer comentário não alinhado com a instituição.
Obrigado.

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Posted by [...] to novo rumo, uma atitude nova at 2/07/2006 03:50:47 PM

Luís Botelho Ribeiro disse...

Manda-me a justiça que esclareça que ontem mesmo o Reitor da Universidade do Minho teve comigo, enquanto promotor a título exclusivamente individual desta reunião, uma atitude da máxima correcção e frontalidade, explicando-me pessoalmente (e sem ter qq obrigação de o fazer) as razões pelas quais optara por não autorizar a dita reunião. Devo dizer que compreendi e em consciência aceitei as razões invocadas cuja justeza hoje verifiquei junto de algumas pessoas de fora da U.M. que, não tendo recebido a tempo a notificação do cancelamento da reunião, acabaram por coparecer. O modo como eu próprio redigi a convocatória poderia sugerir a ideia de que esta era uma iniciativa (institucional) da Universidade do Minho, o que não corresponde em absoluto à verdade. Esta foi uma iniciativa de "cidadania académica", fruto de um estado de interesse e preocupação "das bases" com o desenvolvimento dos projectos em causa. Vieram efectivamente algumas pessoas com a ideia de que esta era uma iniciativa de transparência mas também eventualmente de pressão da UM, o que demonstra a posteriori o acerto do argumento reitoral, a favor desta possibilidade.

Cumpre-me por isso:

- reiterar que esta foi uma inciativa individual, fruto de pequenas conversas entre colegas da U.M., completamente independente da instituição U.M. ou de qualquer outra: universidade, município, CCR, etc.

- saudar a correcção do Magnífico Reitor da U.M. para com o promotor
- registar a abertura da UM-net na divulgação quer do evento quer do respectivo cancelamento (embora muito em cima da hora - 12h25, estando o evento marcado para as 14h00)

- exortar todos os cidadãos que partilham o nosso interesse e inquietação com o rumo dos projectos do laboratório luso-espanhol, o centro do M.I.T. em Portugal e o próprio Plano tecnológico, a utilizarem este blogue como forum público para troca de informações, para o suscitar de questões e formulação de sugestões;

- Explicitar a minha própria opinião que vai no sentido de que os projectos PSIRL e MIT ganhariam em viabilidade e alcance ao serem instalados AMBOS na região norte e numa situação de proximidade física para maximização de sinergias;

L.B.R.

Luís Botelho Ribeiro disse...

in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=60&id_news=214111

Ciência e Tecnologia

Nanotecnologias dominarão trabalhos de novo Instituto Ibérico

As nanotecnologias e a computação avançada serão as principais prioridades do novo Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, um projecto conjunto de Portugal e Espanha que estará a «produzir ciência» em 2008.



O anúncio foi feito hoje em Madrid pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, que se deslocou à capital espanhola para participar na primeira reunião da comissão bilateral técnica que está a preparar o relatório para a instalação do novo pólo de investigação.
Financiado em partes iguais pelos dois países, o novo pólo, a instalar durante o próximo ano, terá um orçamento previsto de instalação da ordem dos 30 milhões de euros e um orçamento anual médio de funcionamento de aproximadamente o mesmo valor.

Para Mariano Gago, a ambição dos dois países é criar um pólo de investigação que «tenha relevância à escala mundial, que seja uma instituição de referência no seu domínio, em todo o mundo, e que consiga atrair cientistas e técnicos de todo o mundo».

«Queremos criar um organismo aberto ao mundo e com a ambição de se tornar num instituto relevante à escala internacional», disse aos jornalistas.

O ministro considerou que, a funcionar em pleno, o centro pode atrair mais investimento, tornando assim a Península Ibérica «num centro atractivo» para empresas que trabalhem no sector.

«Um centro como este, na área de nanotecnologia (de nível microscópico, à escala de átomos e moléculas), é um centro que terá tendência a atrair para a sua órbita a criação de muitas empresas», disse.

«É um centro onde passarão muitos especialistas e que serão disputados pelas empresas para ali ir trabalhar.

Muitos sairão do centro para criar empresas e é isso que dará a vantagem competitiva gigantesca a Portugal e Espanha, no sector», afirmou.

Sedeado em Braga, o instituto será inicialmente chefiado por José Ribas, um especialista espanhol em nanotecnologias, da Universidade de Santiago de Compostela, devendo integrar 200 investigadores e igual número de outros funcionários e quadros técnicos.

Mariano Gago disse que a área principal de intervenção do instituto será a das nanotecnologias e a segunda prioridade será a análise de técnicas de informática, particularmente no que toca a computação avançada, e, em menor prioridade, áreas relacionadas com as nanotecnologias, como as ciências biológicas e matemáticas e «os riscos de disseminação de nanopartículas».

O instituto apostará quer nas parcerias com empresas do sector «que contribuam para a sua relevância» - e que poderão acabar por injectar cerca de 30% do orçamento total do pólo -, quer com universidades ibéricas e de outros países.

Este é considerado um dos acordos emblemáticos da última cimeira luso-espanhola, que decorreu em Novembro em Évora.

«Foi o acordo mais importante e o mais inovador. É a primeira vez que Portugal e Espanha decidem criar e gerir em conjunto uma instituição de investigação, de natureza internacional», disse.

A delegação portuguesa técnica que está em Madrid inclui Luís Magalhães, da Agência Nacional para a Sociedade do Conhecimento, Jorge Sentieiro, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e Virgínia Correia, directora do gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior.

A comissão bilateral técnica deverá acordar hoje o conteúdo do relatório final de instalação do pólo conjunto, apresentando dois relatórios de progresso em Maio e Julho e o documento final em Outubro, a tempo de ser acordado na próxima cimeira luso-espanhola, em Novembro.

O relatório final deverá incluir, entre outros aspectos, os estatutos jurídicos, fiscal, internacional e de quadro de pessoal; os órgãos de governo do instituto (de gestão, de estratégia, de avaliação científica interna e condução científica externa) e ainda o plano de instalação dos laboratórios.

Se esse calendário previsto se concretizar, Mariano Gago antecipa que o processo de instalação possa arrancar logo em 2007, com um prazo «muito rápido» de um ano para que sejam recrutados os quadros técnicos, administrativos e outros, para a aquisição de equipamento e para construção de laboratórios e oficinas.

Isso permitiria que em 2008 o pólo de investigação possa estar «já a produzir ciência», disse ainda.

Diário Digital / Lusa

08-02-2006 15:05:00

Luís Botelho Ribeiro disse...

In
http://www.guimaraesdigital.com/article.php?sid=9854&mode=thread&order=0


O instituto apostará quer nas parcerias com empresas do sector «que
contribuam para a sua relevância» - e que poderão acabar por injectar cerca de 30% do orçamento total do pólo -, quer com universidades ibéricas e de outros países.
Este é considerado um dos acordos emblemáticos da última cimeira luso-
espanhola, que decorreu em Novembro em Évora. O Primeiro-Ministro disse que aquele organismo seria instalado em Braga. Depois desse anúncio, em Guimarães, mantém-se a expectativa quanto à possibilidade do Instituto Ibérico de Investigação ficar sediado no Avepark. Mas, a Câmara Municipal de Braga também já manifestou o interresse em acolher aquele projecto. Desconhece ainda qual será a sua efectiva localização.