Congresso PSD em Guimarães: interesse moderado... no tempo dos congressos electivos a emotividade era outra; embora à custa do poder real do militante...
Vale a pena reflectir sobre esta análise de João César das Neves: «A VERGONHA DA AUTÊNTICA CRISE SOCIAL - [...] a crise que sofremos é bastante mais subtil e complexa do que as abordagens comuns asseguram. Existem muitos sinais, não de um agravamento do fundo da escala social, mas de sérias dificuldades nos extractos imediatamente acima. A nossa crise social está na classe média. Uma parte importante da população portuguesa, que tinha algumas posses e muitas ambições, acreditou nos discursos que os governantes andam a produzir há dez anos. Apostou na educação, comprou casa e carro, endividou-se ao banco. Depois veio o desemprego, doença, trabalho precário, prestações crescentes. Em vez de subir, caiu em grandes dificuldades. Normalmente ainda tem património, a casa hipotecada, carro velho, mas não sabe o que porá no prato esta noite. É uma pobreza envergonhada, desiludida, revoltada. Este é o verdadeiro rosto da nossa crise social.
As políticas contra a pobreza não vão aliviar as dificuldades. Como os responsáveis, que criaram a situação, ainda não a perceberam, conceberão medidas complexas, mas ao lado dos sofrimentos. Alvoroçados, não pelo problema, mas pelo ataque político, proporão programas que calem os críticos, sem resolver o drama.
Os Irlandeses disseram não - Porreiro, pá! À recorrente tentativa de manipular resultados, interpretando intenções, recorrerão agora tentando que o referendo se repita. DoPortugalProfundo sagt: «O federalismo político europeu não tem viabilidade popular: deve manter-se a Europa das Nações com união económica e monetária. União económica e monetária, sim; união política, não. Sem directório político das grandes potências e com a liberdade dos povos. »
Extraordinário que, apesar de 80 a 90 da representação parlamentar irlandesa, ser favorável ao sim... nas urnas este teve pouco mais de 46%. Também lá o mesmo fosse entre representantes e representados; o que nos vale é uma sociedade civil consciente, crítica, informada, e forte;
Uma prova de que por cá a sociedade civil também se mexe e está atenta é a “Velada pela Vida” de 25 de Junho pelas 21h30 frente ao Hospital de N.S. Da Oliveira em Guimarães. Afinal parece que nem todos se esqueceram de que o aborto faz vítimas – os bebés e as mães, e a sociedade e o Estado têm de encontrar outras respostas – que não o aborto - para as dificuldades reais sentidas pelas mães, pelas famílias.
1 comentário:
Permita-me uma correcção de pormenor: "sagt" (se é do verbo alemão "sagen") é com s e não com z.
De resto absolutamente de acordo. Espero que os irlandeses mantenham a coragem e não se deixem chantagear.
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