Braga, 30 de Outubro de 1927 — Fátima, 19 de Abril de 2008
« Então, baixinho, começou a entoar uma cantiga. Era a que eu mais gostava de a ouvir cantar, desde pequenino. Mas, repentinamente, emudeceu e, dirigindo o seu olhar para o campo, disse a sorrir:
"- Filho! Vê. Teu pai acaba de chegar e traz a coroa de flores de "ipê" amarelo que um dia fez para mim... Vem na minha direcção..."
Inclinou a cabeça e os seus olhos fecharam-se. Silêncio total. Acabou a respiração.
Caminhei em direcção à casa, levando ao colo a minha mãe morta. Silenciosamente, os meus irmãos saudaram-me.
Eu gostava de ter dito, uma vez mais, a minha mãe antes que ela morresse, que a amava.»
Mons. Eduardo Melo, in "Ecos da Vida - por uma sociedade com valores", Ed. I.S.BEnto da Porta Aberta, Outubro 2005, pág. 246
Descansa em Paz, lá onde subiste a dizer a tua mãe, e à nossa Mãe do Céu, quanto as amas
... e pede a Deus por nós, por Portugal, pela Humanidade inteira a quem deixaste por maior herança o teu testemunho e o teu exemplo...
Ecos da (tua) Vida, nas nossas vidas.
4 comentários:
Os meus pesares à família.
Neste momento só tenho uma coisa a dizer: quantos foram os que te difamaram e que por ti receberam ajuda, que com a tua morte eles te deem o teu devido valor. Que se elucidem com o que hoje sai na comunicação social do enorme bem que fizeste pelos que a ti recorreram em momentos de angustia...
É a coragem de escrever, de tornar público, o que mais nos marca (ferindo ou alegrando) a alma, que demarca o HOMEM.
um homem que nao escolhia as amizades, foi amigo até dos que nao o foram para ele e sujaram o seu nome.
Descanse em paz
Tal como o meu padrinho (Mons. Eduardo Melo), também eu não tive a oportunidade de lhe dizer o quanto o amava e, agradecer mais uma vez, por tudo o que ele fez por mim e o que me ensinou! que Deus o tenha e, que um dia, eu possa ir ter com ele para lho dizer tal como alguem aqui o escreveu!
Para sempre no meu coração...
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