O cidadaniaPT apoia a iniciativa do movimento FERVE, correspondendo assim ao alerta do nosso amigo Zé de Portugal do Jardim no Deserto. Assinemos a petição à A.R., contribuindo para que a estabilidade profissional deixe de ser um privilégio de classe... dos pais, tios e avós. Eis afinal a velha "luta" entre os que chegam e os instalados, entre as "brigadas do reumático" e os (jovens) Capitães de Abril, entre os contratados, "os do recibo verde" e... os desempregados. Mas pode a nossa sociedade funcionar saudavelmente assente no princípio de que nos jovens casais... têm de depender da "esmola solidária" (e porventura da autorização) dos parentes mais velhos para terem os filhos que querem? Há poucos dias a APFN divulgava um estudo que demonstrava claramente que as mulheres, as famílias, desejavam ter mais filhos do que aqueles que efectivamente tinham ou podiam ter.
O raciocínio é simples e justifica uma grande mudança de atitude da sociedade:
1) as famílias jovens querem ter filhos
2) precisam para isto de um mínimo de segurança profissional que vêem ser-lhes negada
3) a sociedade, no seu todo, percebe que a prazo esta situação de "inverno demográfico" lhe criará gravíssimos problemas, dos quais o mais badalado (e que porventura nem será o mais catastrófico) poderá ser a ruptura da segurança social.
então...
É preciso que a sociedade partilhe o esforço das famílias com filhos, de modo a assegurar um futuro viável para todos!
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A propósito recordamos uma reflexão que já em Novembro passado publicáramos sobre este problema, e as respectivas implicações sobre os números e tendências da natalidade em Portugal
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“Eu não acredito que tenha desaparecido nos portugueses o entusiasmo por trazer novas vidas ao Mundo”
O "entusiasmo" não desapareceu concerteza. O dinheiro para educar os filhos é que é pouco, graças à flexi-insegurança profissional dos jovens - os únicos capazes de corresponder ao apelo presidencial. Senhor Presidente, "colabore estrategicamente" com o Governo para desmontar a "trituradora" dos jovens portugueses e verá a natalidade a ressurgir! Sem isso, as únicas coisas que verá aumentar serão a emigração e os abortos que V/ Exc.ia homologou!
“Por isso, é que eu tenho incentivado muito a actuações de natureza política e de toda a sociedade, para conseguir que pais e mães apostem mais na vida”
Incentivar como - por palavras? Nem parece de economista... Admitida a existência preponderante de "decisores racionais" na sociedade portuguesa, nos jovens casais portugueses, o seu abstencionismo reprodutivo só pode ser interpretado como a mais eloquente forma de protesto contra a actual classe política que nos estrangula o presente e hipoteca o futuro. É justamente isto que tem sido repetida e lucidamente afirmado pela APFN. »
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