segunda-feira, novembro 26, 2007

Se os "democratas" o fossem... (V)

... não submetiam o Direito de Voto, base do sistema democrático, a discriminação de idade, como recomenda o "ano europeu da igualdade de oportunidades para todos (AEIOT)" ou seja, contra a discriminação de género, etária, por deficiência, religião ou orientação sexual. Afinal a governação não se dirige só aos maiores de 18 anos. E perante a evidência de uma governação cada vez menos favorável às famílias com filhos, como não partilhar a preocupação do Senhor Presidente da república na Guarda, prontamente pilherizada pelos gato fedorento e completamente arrasada por este ciclone (mmb) açoriano: "O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?"

- A Democracia pode fazer alguma coisa tornando o sufrágio realmente universal...

- O Presidente também podia ter feito alguma coisa, impondo corajosamente a sua autoridade democrática perante o legislador insano e suicida... da Lei do Aborto. Solicitando a verificação sucessiva da Lei, vetando-a, demitindo-se ou... dissolvendo o parlamento se este se preparasse para lha impor!

- Os democratas que deveras acreditam na ideia democrática, podem começar a reflectir seriamente na questão do alargamento do direito de voto, dando às famílias com filhos o justo peso que o seu sacrifício a favor do futuro do país justifica. Como se pode ignorar que serão os filhos desses que no futuro irão suportar as reformas de todos?

A nossa proposta não reclama mais do que isto: que a prática dê expressão ao princípio. Que o princípio do "voto universal" dê a cada família o peso real do número dos seus membros, independentemente da idade; dê a todos os cidadãos a dignidade que só a possibilidade de expressão da sua vontade pelo voto confere - independentemente da sua idade. E quanto à questão da "maturidade cívica" respondemos com o duplo mecanismo da procuração parental e da declaração de autonomia cívica.

Como estamos é que não vamos a nenhum lado senão a um país cada vez mais envelhecido, cada vez mais pobre, cada vez com menos futuro!


Associando-nos às reflexões do Presidente expressas em recente visita às cidades da Guarda e Gouveia, registadas no blogue CidadeMaisAlta, atrevemo-nos a sugerir algumas explicações:

“Eu não acredito que tenha desaparecido nos portugueses o entusiasmo por trazer novas vidas ao Mundo”
O "entusiasmo" não desapareceu concerteza. O dinheiro para educar os filhos é que é pouco, graças à flexi-insegurança profissional dos jovens - os únicos capazes de corresponder ao
apelo presidencial. Senhor Presidente, "colabore estrategicamente" com o Governo para desmontar a "trituradora" dos jovens portugueses e verá a natalidade a ressurgir! Sem isso, as únicas coisas que verá aumentar serão a emigração e os abortos que V/ Exc.ia homologou!

“Por isso, é que eu tenho incentivado muito a actuações de natureza política e de toda a sociedade, para conseguir que pais e mães apostem mais na vida”
Incentivar como - por palavras? Nem parece de economista... Admitida a existência preponderante de "decisores racionais" na sociedade portuguesa, nos jovens casais portugueses, o seu abstencionismo reprodutivo só pode ser interpretado como a mais eloquente forma de protesto contra a actual classe política que nos estrangula o presente e hipoteca o futuro. É justamente isto que tem sido repetida e lucidamente afirmado pela APFN.

“há de facto aqui [distrito da Guarda] um despovoamento”. A razão aparente está na “escassez de iniciativa empresarial”
«Olhe que não, olhe que não», Sr. Presidente... A desertificação e o despovoamento devem ter que ver com razões bem mais profundas. Ou então não veríamos a mesma preocupação a ocupar os notáveis cérebros da vereação lisbonense. Não consta que na capital falte iniciativa empresarial... Já era tempo de se procurar respostas um pouco além do estrito horizonte economi(ci)sta! E como muitas vezes afirmou o campo pro-Vida na campanha contra o aborto e V/ Ex.ª muito bem relembrou há dias:
“Um país sem crianças é um país sem futuro”. E um país não se torna favorável às crianças quando nega um mínimo de estabilidade profissional (ou simplesmente emprego) aos futuros pais... e lhes oferece por outro lado o aborto a pedido (pago pelos contribuintes)! E que "confiança no futuro" não hão-de sentir os pais portugueses perante a possibilidade de alguma tragédia um dia lhes atirar com os filhos para a Casa-Pia, ficando à mercê da mais sinistra rede pedófila de que há notícia - e que o próprio aparelho de Estado parece apostado em alimentar e encobrir!...

Cavaco Silva disse ontem ter esperança que a actual situação de despovoamento possa ser invertida com a criação de empregos na área do turismo, o aproveitamento dos produtos locais e com a aplicação dos incentivos fiscais para as empresas, anunciados recentemente pelo Governo e previstos para o Orçamento de 2008.
... com o devido respeito, lá está V/ Ex.ª outra vez a dar-lhe! Is it really the economy?...

“algo está errado num povo que não cuida da sua continuidade”
O que está verdadeiramente errado não está no povo, mas na sua oligarquia dirigente. Quando o Estado serve descaradamente a classe política. Quando as energias de um país são sistematicamente canalizadas para projectos faraónicos como a OTA, o TGV, os estádios do Euro ou a Expo de Lisboa, Quando o aparelho de Estado dá todos os sinais de se encontrar nas mãos da rede pedófila, da maçonaria e de meia dúzia de interesses económico-mediáticos...

... só resta aos cidadãos desobedecer e resistir. E uma das formas que encontraram foi simplesmente "não dar os seus filhos" à máquina trituradora do corrupto e decadente estado a que chegou esta pobre/podre república portuguesa! Senhor Presidente, quando, em último recurso, os próprios juízes se constituem como associação para resistir à tentativa de instrumentalização da Lei Penal a favor dos criminosos pedófilos que irremediavelmente destruíram a vida de tantas crianças à guarda da república e degradaram a Honra de Portugal, resulta evidente a falência da função presidencial. Os cidadãos portugueses deixaram de contar com o seu Presidente como garante da democracia e do país livre que Portugal foi e já não é.


Nesta hora sem esperança numa regeneração espontânea e genuína do sistema democrático, os cidadãos dão consigo abandonados num território sem lei, sem governo, sem presidente, sem instituições. E isto, sim, é que é um "país sem esperança" - sem mesmo aquela última esperança que nos séculos passados se exprimia, em legítima defesa da própria Dignidade, no grito "às armas, às armas".

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html