terça-feira, abril 03, 2007

Caso UnI 03.04.07 - http://doportugalprofundo.blogspot.com

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Sim, chegou-se ao "patamar" da entrada no conflito dos "profissionais da luta" política - dos deputados. Mas onde está o protesto do PCP e o BE contra a nova censura? Ou, para esses senhores deputados, este é um caso de "boa" censura?

A imprensa tem também agora o dever de pugnar pela sua/nossa independência das pressões do governo. Por uma pública reclamação de contraditório por parte dum ministro do PSD e pela "sugestão" de Paes do Amaral a Marcelo Rebelo de Sousa, toda a imprensa protestou em coro.

As reiteradas, insistentes e agora denunciadas pressões do Governo, com o próprio P.M. à cabeça, sobre vários orgãos de comunicação social hão-de agora ficar impunes? Estranho é que a RTP não tenha precisado de ser pressionada... para não considerar este caso um "assunto" de interesse público. Será que também hoje, ao telejornal, a RTP continuará a não achar "assunto" as queixas de José Manuel Fernandes, Sarsfield Cabral e do próprio director da SIC-Notícias sobre a tentativa de condicionamento da liberdade de imprensa pelo próprio Primeiro-Ministro? Veremos até onde chega a televisão da nossa vergonha!

Mais uma vez se verifica que a RTP, paga por todos nós para nos informar sobre o que nos interessa e não sobre o que o Governo determina que nos interessa, confunde o «interesse público» com as conveniências da sua tutela. Maior mancha nos 50 anos de televisão não podiamos hoje lamentar. Ou então... não se podia pedir melhor síntese de 50 anos ao serviço do Poder instituído.

Tal como no caso de Clinton x Monica, a partir de certo ponto o mais grave já não é o incidente em si mas a mentira ao Juíz, no caso americano, ou ao Povo, no caso português.

A tentativa de silenciar a rádio Renascença, a tentativa de determinar o que é assunto para a SIC, os telefonemas para o jornalista do Público, confirmado por José Manuel Fernandes, e tantos outros jornalistas, são em si mesmos gravíssimos atentados à Democracia portuguesa que os cidadãos não podem aceitar que passem em claro. Estes factos confirmados e testemunhados na primeira pessoa, são razões suficientes não já para exigir que o Primeiro-Ministro esclareça se concluiu a licenciatura de forma regular, mas sim para que dê públicas explicações sobre estas absolutamente inaceitáveis pressões sobre a comunicação social que se espera que não prenunciem uma perseguição da mesma ou mais sinistra natureza contra os cidadãos, identificados ou não, que na blogosfera com todo o direito levantaram este assunto até ao ponto em que a comunicação social não mais o pôde ignorar.

Disse!

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Respigo parte do post de José Sarney | 03.04.07 - 6:53 pm | #

Rádio Renascença, Francisco Sarsfield Cabral, dizendo que «lhe ligaram várias vezes e para a redacção a protestar por causa de uma notícia, pressão que terminou com uma ameaça de protesto em tribunal». Acrescentou que o director da SIC-Notícias relatou ao Expresso que o próprio primeiro-ministro, José Sócrates, lhe ligou «furibundo» e que recebeu do Governo telefonemas considerando que a licenciatura de Sócrates «não era assunto».

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