quarta-feira, outubro 17, 2007

felizmente há.. "província"

Abel Pinheiro, Rui Pereira e Fernando Marques da Costa tinham-se encontrado na noite anterior no Pavilhão Chinês, um bar de Lisboa. No dia seguinte, Portas pede novidades a Abel.

«14/4/2005
P.P. - Então ontem depois ficaste em silênco profundo. E eu não percebi se isso é 'não há notícias' ou 'ainda não há notícias'.
A.P. - Não, não! Não há notícias e ele disse-me que pode nnca vir a saber porque... eu tive que lhe explicar um pouco mais detalhadamente. [Ele] disse: bom, mas isso é uma coisa muito difícil, porque pode ser uma coisa praticada por um indivíduo sozinho na província, por exemplo, e nós não sabemos... Não há nada em termos principais [em Lisboa]. Agora, pode ser um gajo em Beja, outro no Porto... teria de perguntar a 1800 pessoas, tás a ver?»

In jornal SOL, 29 de Setembro de 2007, pág.5, transcrição de escutas relativas ao processo Portucale não abrangidas por segredo de Justiça, em que dirigentes do CDS procuravam confirmar uma informação da sua ex-Ministra da Justiça, Celeste Cardona, segundo a qual estaria algures em curso uma investigação sobre aquele caso por parte de procurador(es) do Ministério Público.



(foto picada do ipimar)

Curioso excerto a demonstrar como da res publica está controlada "em termos principais"... e só vai escapando ao controlo o que é feito pelos... "gajos da província".

Parece que alguns já confundem "coisa pública" com "cosa nostra"...

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