sexta-feira, outubro 19, 2007
sobre o exímio cábula português...
Nota prévia - o cidadaniaPT garante que este texto não contém qualquer alusão indirecta à licenciatura simplex do cidadão e primeiro-ministro Sócrates. Para provar isso mesmo bastará o simples facto de que foi escrito... no princípio do séc. XX. De contrário, estaríamos perante mais um estranho caso de possível premonição, do género do filme "gone baby gone" ou dos painéis de S. Vicente de Fora, onde Nuno Gonçalves no séc. XV parece retratar... Salazar!
Mas lá que ajuda a compreender o êxito do nosso primeiro , em certo sentido, na "vida (a)variada de todos os dias" "após o tê-las (às nossas escolas) abandonado"... ajuda!
«[...] É por tudo isto que paradoxalmente o cábula exímio das nossas escolas não tem mostrado, após o tê-las abandonado, inferioridade aos outros. Ele fugiu dos livros; fixou bem duas ou três ideias que lhe pareceram fundamentais; viu-as aplicadas na sua vida livre e variada de todos os dias, conversou-as, discutiu-as, e em volta arquitectou o pequeno mas sólido edifício dos seus conhecimentos; estudou menos, viveu mais; e, enquanto os outros todos viam, passados os actos, esvaziar-se-lhes estranhamente o cérebro, o cábula riu muito, cheio de alegria e saúde: ao menos ele sabia alguma coisa.
O cábula é geralmente a afirmação clara de que a máxima parte dos conhecimentos adquiridos na escola são perfeitamente inúteis, e de que a superioridade pertence aos que, estudando pouco nos livros das aulas ,aprendem a ler muito no livro da vida. Eu sinto uma simpatia imensa pelo cábula inteligente das escolas portuguesas!»
A. Oliveira Salazar, in geocities
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Sempre os amigos o conheceram contraditório. Ainda estudante, altamente classificado, fez o elogio do cábula. Foi num dos artigos do «Imparcial», depois de condenar a planturosa vastidão dos programas escolares...
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