Estamos, sem dúvida, no meio duma onda negra de negras vibrações. Nos últimos dias Vasco Pulido Valente, António Barreto, José Manuel Fernandes, João César das Neves, Baptista Bastos; Miguel Sousa Tavares e outros têm aparecido inusitadamente alinhados, quais planetas zodiacais, a descrever o céu mais negro que se tem visto. Em tempo de proibições tabágicas, ASA(E)res vários, bronca no BCP, desemprego e falências, não-referendo europeu e quiçá vésperas de Ota, a coisa deve estar mesmo feia para tantos e tão diversos concordarem no diagnóstico do país...
Mário Soares e Manuel Alegre falavam há tempos de ... tempos difíceis para a Liberdade, Ferro Rodrigues saíu-se há dias com a "arrogância do governo", e o cadinho de liberdade de expressão que tem sido a blogosfera paga na trituradora judicial a sua impertinência incómoda... às vezes com retumbantes vitórias, como a que por estes dias sorriu ao António doPortugalProfundo que daqui uma vez mais saudamos e felicitamos.
Este desencanto gera, enfim, não há-de andar muito longe o que nos anos 60 e ainda hoje levou tantos dos nossos compatriotas a emigrar. E lembra esse quadro triste de que nos fala quem viu em 1964(?) um Francisco José desencantado com o país em directo na RTP, prontamente cortado... para depois cantar "guitarra toca baixinho".
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