No próximo ano lectivo, quem quiser estudar nos conservatórios terá de o fazer exclusivamente num regime integrado. Desaparece o regime supletivo, o que significa que os alunos não vão poder coordenar a instrução musical no conservatório com a restante formação nas escolas regulares.

O regime supletivo era escolhido pela maioria dos alunos. Se a reforma for para a frente, o Conservatório Nacional pode perder 700 dos 900 estudantes. O número de professores também vai reduzir.

"É uma reforma de amadores que não são do meio e que tentam fazer uma reforma apenas com o objectivo de arranjar professores para generalizar a oferta de música a todo o primeiro ciclo", diz o presidente do Conselho Executivo, António Wagner Diniz.

E é no primeiro ciclo que está uma outra mudança. Os conservatórios vão deixar de dar aulas às crianças dos 6 aos 9 anos, que apenas vão ter formação (musical) nas escolas, em actividades extracurriculares.

"Está em causa a qualidade do futuro de um músico porque vai começar muito mais tarde a estudar o instrumento e porque, durante o primeiro ciclo, vai ter apenas lambuzadelas de música", defende Wagner Diniz.

As novas regras entram em vigor já em Setembro. Até lá falta decidir se haverá um período transitório.